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Dieta paleolítica: a alimentação dos nossos ancestrais no seu prato

A dieta paleolítica propõe que nos alimentemos como no tempo em que o homem vivia em cavernas e assegura que é a resposta à obesidade que assola o mundo

Homem das cavernas com um garfo na mão
Foto: iStock

A premissa é simples. Se um determinado alimento não fazia parte do cardápio do homem das cavernas, então não fará parte do seu. Portanto, você dirá adeus ao açúcar refinado, grãos, leite e derivados e alimentos industrializados e passará a comer sem culpa carne, peixe, frutas e verduras, de preferência, frescos. A dieta paleolítica, também chamada de paleo pelos seguidores, nem é tão nova assim, mas vez ou outra volta a causar buchicho.

Homem das cavernas com um garfo na mão

Foto: iStock

Os defensores dessa dieta botam o dedo numa ferida delicada: o modo como nos alimentamos. Nós, nesse caso, é a humanidade em sua imensa maioria. “Para os humanoides daquela época, que eram caçadores-coletores, a entrada de energia por meio da alimentação estava diretamente ligada ao gasto de energia. Em outras palavras, eles tinham de gastar energia para obter energia (alimento). Com o advento da agricultura, nós quebramos esse elo. Hoje, gastamos praticamente nenhuma energia. Só andamos dentro do supermercado enchendo o carrinho”, disse à Sport Life, Loren Cordain, professor do Departamento de Saúde e Ciência do Exercício da Colorado State University (EUA) e autor do livro The Paleo Diet.

evolução do homem

Foto: iStock

O que a dieta paleolítica propõe?

Sim, o homem moderno está mais gordo e mais doente. A dieta paleolítica propõe um retorno ao modo como o homem se alimentava (e se exercitava) na Idade da Pedra Lascada, o período paleolítico. Naquela época – que vai de cerca de 2,5 milhões a.C a aproximadamente 10 000 a.C –, o homem vivia em cavernas e tinha de disputar o seu canto com animais selvagens. Vivia-se da caça de animais, da pesca e da coleta de frutos e raízes. “Os homens de então eram caçadores-coletores e entre 55% e 66% da ingestão diária de energia vinha de fontes animais e de 34% a 45%, de plantas. O homem moderno deveria tentar chegar a essas porcentagens”, recomenda Cordain.

Como resultado disso, nossos ancestrais não enchiam a pança de gordura saturada, de açúcar ou de carboidratos simples. Mas sim de proteínas magras (animais selvagens são mais fortes e possuem menor gordura corporal), gorduras saudáveis e fibras.  A combinação desses elementos permite ter níveis de açúcar sanguíneos mais estáveis e controlar melhor a fome, evitando o acúmulo de pneus, especialmente na barriga.

VEJA TAMBÉM: A importância da gordura na dieta do corredor

É possível segui-la?

É óbvio que não é possível replicar a dieta que os ancestrais humanos tinham há milhares de anos. Até porque os animais que eles caçavam eram livres e bastante diferentes dos criados especialmente para o abate. A carne, por exemplo, era bem mais pobre em gordura, e os vegetais, selvagens e não cultivados.

Para a pesquisadora Lynda Frassetto, da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), embora a dieta seja saudável, é difícil segui-la. “Grãos e laticínios são alimentos comuns e estão presentes em um monte de produtos, por isso fica difícil evitá-los. Além disso, carnes, frutas frescas e peixes são mais caros que pão, por exemplo. Ainda assim, as pessoas talvez devessem tentar comê-la, até porque segui-la 70% é melhor que nada.”

Segundo Frassetto, a paleo é especialmente benéfica para quem tem sobrepeso, tem diabetes tipo 2 ou pressão alta. “Mas a paleo não é para todo mundo. Pessoas com problemas de saúde deveriam pegar o “OK” de seus médicos antes de começarem a dieta. Eu sou especialista em rim e digo que ela não é indicada para quem tem insuficiência renal”, alerta Frassetto.

Homem com fome comendo carne crua

Foto: iStock

Onde encontrar os nutrientes?

A dieta paleolítica era riquíssima em proteínas de origem animal. Mais de 50% de tudo o que se ingeria na época provinha da carne, peixes e ovos que nossos ancestrais caçavam ou pescavam. No entanto, a carne desses animais não era como a encontrada hoje nos supermercados. Era menos gordurosa e mais rica em aminoácidos de cadeia ramificada, conhecidos como BCAAs. Estes acabaram por se transformar em suplemento para recuperação muscular. Os BCAAs se diferenciam dos outros, pois, além de construírem as proteínas que formam os músculos, são potentes estimuladores da reparação do tecido muscular.

A clara de ovo é o alimento com maior quantidade de BCAAs, com 4 343 mg a cada 100 cal. Mas não se deve abusar, porque a clara contém avidina, que pode levar à deficiência de biotina. Carnes magras e peixes também são excelentes fontes. Uma porção de 1 000 cal de carne de vaca magra fornece 33,7 mg de BCAAs, uma porção de peixes de 1 000 cal, 28,3 g de BCAA. Também é possível encontrar no mercado suplementos de proteínas do soro do leite com alto conteúdo de BCAA (3 369 mg a cada 100 cal). Os BCAAs devem ser consumidos logo depois do exercício.

Texto e Pesquisa: Vanessa de Sá | Edição: Victor Moura 

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