Provavelmente você já deve ter ouvido para não tomar açaí, pois é uma bomba calórica, não é mesmo? Calma! Depende se esse fruto está ou não com xaropes e, principalmente, sobre os seus acompanhamentos.
Agora quem não há o que reclamar desses efeitos do açaí no corpo é quem consome de forma saudável. Dessa forma, o Sport Life vai compartilhar os dez principais efeitos do açaí no corpo com as ajudas das nutricionista clínica Dra. Zainab El Moukdad e nutróloga Dra. Andrea Sampaio, ambas do Hospital Sírio-Libanês.
Os dez principais efeitos do açaí no corpo
Rico em antioxidantes
“O açaí é uma fonte poderosa de antioxidantes, como antocianinas e flavonoides, que protegem as células contra danos causados pelos radicais livres. Essa propriedade antioxidante é responsável por manter a saúde celular e pode ser associada à proteção contra doenças crônicas”, disse a Dra. Zainab.
Controle do colesterol com proteção ao coração
“A alta concentração de antocianinas e fitosteróis no açaí promovem o relaxamento e proteção dos vasos sanguíneos. O fruto açaí é composto por ácidos graxos insaturados, que agem evitando a deposição excessiva de LDL (Lipoproteína de baixa densidade) nas paredes celulares e enquanto as antocianinas combatem os radicais livres, que são responsáveis pela oxidação do LDL e diminuição dos níveis do HDL (Lipoproteína de alta densidade)”, detalhou a Dra. Andrea.
Impacto nas artérias
“Reduzem os níveis de LDL e promovem a saúde das artérias. Essa ‘conexão’ é especialmente relevante considerando que o açaí é tradicionalmente consumido com peixes na região Norte do Brasil”, pontuou a nutricionista.
Efeito na dislipidemia, síndrome metabólica e diabetes tipo 2
“Alguns estudos clínicos demonstraram que os compostos fenólicos possuem efeitos benéficos na redução dos riscos de obesidade associada a doenças crônicas como diabetes tipo 2. O consumo de alimentos ricos em antioxidantes pode modificar favoravelmente o metabolismo das gorduras e a homeostase da glicose, que reduzem os riscos de síndrome metabólica e as complicações do diabetes tipo 2”, relatou a nutróloga.
Melhora a função cognitiva
“Os antioxidantes presentes no açaí também podem beneficiar a saúde do cérebro, que protegem as células cerebrais contra o stress oxidativo e a inflamação”, afirmou El Moukdad.
Perfil imunológico em alta
“Por ser rico em vitamina C, vitamina E, ácidos graxos ômega-9 e antocianinas, o açaí fortalece o sistema imunológico, aumenta as células de defesa do corpo e melhora o processo de cicatrização. Alguns estudos demonstraram que o açaí leva ao estímulo tanto da célula T quanto na atividade das células gama-delta mieloide”, explicou Sampaio.
Saúde digestiva em dia
“Uma boa fonte de fibras essencial para a saúde digestiva, que promove a regularidade intestinal e mantém um microbioma intestinal saudável. Essa propriedade pode ser associada com a sugestão de incluir a polpa de açaí em preparações cozidas, eliminando preocupações com contaminação e aproveitando os seus benefícios digestivos”, discorreu Zainab.
Prevenção de doenças neurodegenerativas
“As propriedades antioxidantes do açaí atuam na manutenção das células neuronais e no controle dos radicais livres, que levam a prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Parkinson e o Alzheimer. O açaí permite reduzir o acúmulo da proteína beta-amiloide, que é a proteína associada com o desenvolvimento dessas doenças. Alguns estudos também indicam que o consumo do açaí pode proteger e melhorar o desempenho cerebral. Uma pesquisa da Universidade de Tufts, dos Estados Unidos, salientou que as antocianinas suavizam os danos oxidativos no cérebro”, garantiu Andrea.
Saúde da pele
“Os antioxidantes e nutrientes presentes beneficiam a saúde da pele, ajudam a combater os efeitos do envelhecimento precoce e a manter a pele saudável e radiante. Essa propriedade adiciona mais um aspecto aos benefícios do açaí para a saúde, completa o ciclo de proteção e promoção do bem-estar”, concluiu a Dra. Zainab El Moukdad.
Redução do risco de câncer
“Estudos in vitro demonstraram que as frações dos polifenóis podem reduzir entre 56 e 86% a proliferação das células de leucemia”, finalizou a Dra. Andrea Sampaio.