Você sabia que os exercícios físicos também fazem bem aos olhos? Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, adotar uma vida saudável ajuda a manter a boa circulação, o que faz bem à vista. Mas isso não quer dizer que vale praticar qualquer tipo de exercício físico. Dependendo das doenças oculares existentes na família ou em cada pessoa, algumas atividades podem ser proibitivas. Veja alguns exemplos!
Ceratocone
A natação é a mais recomendada desde que praticada com óculos de proteção. Isso porque, a doença afina a parte central da córnea e está relacionada a processos alérgicos que geralmente pioram durante o outono e o inverno, ou no contato com substâncias irritantes como cloro e ozônio. A menor poluição no ambiente das piscinas diminui o risco das crises de Rino conjuntivite, inflamação das vias aéreas e olhos, que contribuem com a evolução do ceratocone. As atividades ao ar livre, porém, devem ser evitadas por quem tem ceratocone.
Glaucoma
Atividades aeróbicas como correr, nadar, caminhar ou pedalar são as mais indicadas. Isso porque, estudos mostram que este tipo de exercício provoca uma queda na pressão interna dos olhos de até 45%. Quem tem casos na família, é descendente de negros, portador de diabetes e de alta miopia forma o principal grupo de risco. “Os exercícios anaeróbicos como a musculação ou qualquer outra atividade que utilize a força para ganhar massa muscular, bem como os esportes de impacto e posições da ioga em que a cabeça é mantida para baixo, devem ser evitados pelos portadores de glaucoma e grupos de risco”, afirma.
Catarata e degeneração macular
Exercícios aeróbicos e esportes de impacto, se forem praticados com lentes que tenham filtro ultravioleta (UV), devem ser evitados. Isso porque, a radiação é um dos fatores de risco para desenvolvimento dessas doenças nos olhos. E saiba que alimentos ricos em antioxidantes podem barrar a evolução da doença, como os ricos em vitamina C (goiaba, couve-flor, frutas cítricas e kiwi), vitamina E (gérmen de trigo, semente de girassol, mamão, abóbora), selênio (castanha-do-Pará), carotenoides (vegetais de folhas verdes) e zinco (ostras, carne, iogurte e cereais).