Em 2014, o Figueira fez um retorno relativamente tranquilo à Série A. No ano passado as coisas foram bem diferentes. Depois de um primeiro turno razoável, deu a pinta que ficaria longe do Z4, mas caiu de produção e escapou da degola no último gole. As mudanças para evitar uma nova campanha ruim foram muitas pelos lados do Orlando Scarpelli e positivas. É claro que algumas peças deixaram o clube, entre elas o zagueiro Thiago Heleno e o atacante Marcão, mas ao invés de uma dispensa em massa, a diretoria optou por reforçar o elenco.
E fez contratações “cirúrgicas”, preenchendo carências, especialmente no meio-campo e no ataque, setores bastante criticados em 2015: foram apenas 36 gols ao longo do torneio, o quarto pior ataque entre os 20 participantes. Rafael Moura é o nome mais conhecido, mas Ermel, ex-Juventude, agradou no estadual. Além deles, chegaram o experiente Rafael Silva, que estava no futebol japonês e Lins, contratado especialmente para o Brasileirão.
No meio, Bady, ex-Atlético Paranaense e que estava na Coréia do Sul é outro reforço que qualifica o ataque. O setor que já contava com Carlos Alberto ainda ganhou o jovem Dodô, revelado pelo Galo mineiro. Com eles, o problema de passar jogos em branco tem tudo para ser resolvido. Uma prova é que a equipe cresceu muito na reta final do Catarinense.
A defesa também ganhou uma nova dupla que tem agradado: Jaime e Bruno Alves, enquanto a saída de Alex Muralha foi suprida com Gatito Fernández. Os volantes Ferrugem e Elicarlos também chegaram para serem titulares.
Dentro do orçamento apertado se comparado com os demais clubes da elite, o Figueira conseguiu montar uma equipe com potencial para surpreender. Sonhar com o título ainda é algo distante da realidade, mas se brigar na primeira metade da tabela não será nenhuma surpresa. Pelo menos no Catarinense, o time foi comandado por Vinícius Eutrópio, técnico do acesso em 2013 e do título estadual em 2014, mas demitido após o início irregular no Brasileirão.