Saúde

Comendo por ansiedade? Identifique o problema e comece a emagrecer

Ainda mais com a situação de pandemia, ficou muito comum confundir ansiedade e fome e, com isso, acabar ganhando uns quilos

Foto: Pixabay

Muita gente ficou mais aflita com a pandemia que ainda vivemos. No entanto, nem todo mundo consegue perceber os sintomas da ansiedade, que pode se manifestar com aceleração dos batimentos cardíacos, inquietação, tremores, falta de ar, medos, entre muitos outros. Cada um busca uma forma de tentar aliviar esse sentimento, e descontar na quantidade de comida é uma atitude bastante comum. O primeiro passo para controlar o ato de comer exageradamente, portanto, é aprender a diferenciar a fome da ansiedade.

“A diferença entre fome e vontade de comer ou ansiedade é simples: fome física é aquela que se manifesta com um incômodo no estômago (vazio), isso ocorre devido à presença de alguns hormônios, como a grelina, que dispara no cérebro a sensação de fome. Sempre dou esse exemplo: você comeria qualquer alimento, como um jiló, nesse momento? Ou algum outro alimento de que não goste muito? Se a resposta for sim, então está com fome fisiológica”, explica a nutricionista.

Segundo ela, o estímulo da vontade de comer é diferente da ansiedade e, nesse caso, gera-se um gatilho mental de recompensa. Comer sem fome, só por vontade, ou para aliviar alguma sensação ruim, gera a sensação de prazer, aumentando a produção dos hormônios dopamina e serotonina.

Quer emagrecer? Foque em qualidade e quantidade!

A perda de peso demanda déficit calórico, ou seja: queimar mais calorias do que se consome. Assim, mesmo adotando uma dieta saudável, muita gente não consegue emagrecer porque, com ansiedade, acaba exagerando na quantidade. Qualquer alimento, por mais nutritivo que seja, deve ser consumido com moderação. “Para quem está buscando a perda de peso, este é o maior vilão: repetir o prato. Minha dica é usar sempre o prato de sobremesa para comer, caso não tenha um, use a medida de dois dedos da borda para o centro e, depois disso, use apenas o miolo para colocar a comida”, sugere Nathy.

Começar sempre pela salada de folhas, montar um prato colorido e comer devagar também são dicas que vão aumentar a saciedade. Sente-se à mesa com calma, fique longe de distrações como televisão, computador e celular e preste atenção em cada garfada. Além disso, depois de finalizar a refeição, segurar a ansiedade e aguardar 20 minutos antes de comer mais alguma coisa – esse é o tempo médio que o cérebro leva para entender que o corpo já está saciado.

Se precisar, procure ajuda!

Quando o sentimento de ansiedade é esporádico, causado por situações específicas (por exemplo, a situação de isolamento provocada pela pandemia), é mais fácil controlar as compulsões e buscar atividades de relaxamento. Porém, em alguns casos, o hábito de comer exageradamente podem se tornar transtornos que necessitam de tratamento.

Assim, se mesmo com as dicas da nutricionista, você sentir que não consegue ter autocontrole suficiente para adotar hábitos mais saudáveis, não hesite em buscar ajuda psicológica. A psicoterapia é uma ferramenta importante no alívio da ansiedade e no tratamento de transtornos alimentares.

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