Nutrição

Consumo de whey protein prejudica os rins? Entenda os mitos

É o tipo de produto disponível tanto para atletas quanto aos que não treinam

Whey protein - Shutterstock

When protein é o suplemento proteico feito a partir da proteína retirada do soro do leite. Sendo assim, os seus principais benefícios são o aumento de massa e força muscular, diminuição de gordura corporal, regeneração e distribuição da quantidade de proteína que o corpo necessita. Ainda assim, o seu uso é cercado de dúvidas, exemplo: consumo de whey protein prejudica os rins?

A revelação e utilidades do whey protein

“Whey não prejudica. Uma pessoa saudável não vai ter prejuízo nos rins. Não é o whey protein de forma isolada. Porém, o excesso de proteínas pode ao longo do tempo sobrecarregar o rim e desenvolver um problema”, disse com exclusividade para o Sport Life o nutricionista esportivo Henrique Spessotto.

Portanto, não é clichê e basta saber o uso adequado para não enfrentar uma questão séria de saúde. Exemplo: se um sujeito adulto consome 2.000 calorias, a recomendação mínima de proteína diária é de 15% da quantidade de energia e a máxima estipulada é de 35%.

Questionado na sequência sobre adaptação do whey para as refeições diárias, Henrique citou o seu preço acessível e a mescla que dá para ser feita em meio aos compromissos diários.

“É uma excelente opção de proteína para ser ingerida na ‘correria’ do dia a dia. Tem bom custo-benefício e combina em diversas preparações. Principalmente com shakes e frutas”, explicou Henrique.

Qual é a quantidade diária ideal de whey protein?

“Depende. Tem que fazer um balanceamento para necessidade da pessoa. Tudo de forma saudável e dentro do permitido. Assim, para um sujeito comum indico de 30g a 60g. Esse público vegetariano às vezes vou indicar mais. Não há uma quantidade mínima, máxima ou ideal”, detalhou o profissional.

Os três modelos de whey protein

Concentrado

É o whey “popular”. Detém de 70% a 80% de proteínas, é saboroso e contêm lactose e gordura. A sua “marca registrada” é na ajuda da complementação nutricional. Concentrado não é direcionado apenas para os amantes do mundo fitness, ou seja, indicado para maior parte da população. “Há o custo-benefício mais acessível, quantidade de proteína boa, um pouco de carboidrato e um pouco de gordura”, acrescentou Spessotto.

Isolado

“Foi desenvolvido para pessoas que têm intolerância de lactose. Passa por um processo de separação, que vai tirar esse carboidrato, tirar gordura e deixar só a proteína. O custo dele é intermediário”, admitiu.

Hidrolisado

É o mais caro no mercado e gera peptídeos de rápida absorção. A diferença é que não existe a necessidade para maioria da população. O uso é indicado para pessoas que convivem com determinado problema, exemplo: doença renal, que as vezes um cidadão não pode consumir enorme quantidade de proteína.

“Hidrolisado entra ajudando nesse processo porque já passou pelo processo de degradação da proteína. Entra de forma estratégia ajudando na quantidade de peptídeos que a pessoa precisa. Exemplo: um atleta em término de prova que precisa repor de forma instantânea a quantidade de proteína”, complementou.

Whey protein provoca especificamente o ganho de peso?

Esse suplemento é o “parceiro” para desenvolver o shape sonhado. No entanto, whey não atua somente em ganho de peso e pode ajudar quem quer perder alguns quilos. Vai de acordo com o “script” do nutricionista. É preciso pensar em déficit calórico antes de querer emagrecer ou elevar o seu peso.

“Independente da estratégia para ganho ou perca de peso, o whey entra nas duas. Não tem a capacidade isolada para engordar. Tudo depende do planejamento alimentar”, concluiu Henrique Spessotto.

Dado

O boletim da ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) acusou que em relação ao ano de 2021 houve o aumento de 25% do consumo de whey protein.

Além disso, esse trabalho baseou-se nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que citou o crescimento de 3,5% do setor de alimentos para fins especiais em que se destacam as bebidas dietéticas (13,4%) e adoçantes (11,5%).

Quem é ele?

Henrique Spessotto formou-se em Nutrição pela UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e faz pós-graduação em Nutrição Esportiva na Uniguaçu (Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu). Henrique atua em uma clínica na cidade de Franca (SP) e realiza atendimentos particulares on-line.

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