A palavra creatina tem origem grega: kreas, que significa carne. Dessa maneira, o suplemento tornou-se o queridinho de quem deseja o aumento de massa muscular e potencial para exercícios físicos. Ainda assim, há quem questione os seus benefícios e, paralelamente, um estudo acusou que dois anos de uso de creatina não muda a função renal, hepática e queda capilar.
Veja mais sobre esse estudo dos dois anos de uso de creatina
A meta dessa experiência foi examinar os efeitos de dois anos de suplementação de monohidrato de creatina e exercícios na saúde óssea em mulheres na condição de após a menopausa.
Com idade média de 59 anos, 237 mulheres na pós menopausa receberam a dose diária de 0,14 g de creatina ou placebo em meio ao programa de treinamento de resistência por três vezes na semana e de caminhada por seis dias na semana pelo período de dois anos.
A densidade mineral óssea do colo do fêmur foi o desfecho primário. Seguido pela densidade mineral óssea coluna lombar e propriedades geométricas do fêmur proximal definidos como desfechos secundários.
A comparação com o placebo permitiu a compreensão de que não houve efeito na densidade mineral óssea do colo do fêmur, quadril total ou coluna lombar. Detalhe que os autores citaram que a creatina manteve significativamente o módulo de seção, prediz a força de flexão óssea e a taxa de flambagem. O que é o preditivo de flexão cortical reduzida sob cargas compressivas na parte estreita do colo femoral.
Os comentários do especialista
“Doses diárias de até 5 g de creatina estão dentro do aceitável. Os estudos clínicos mostraram que o uso nessas doses não está associado a danos renais em indivíduos sem problemas de saúde”, respondeu com exclusividade para o Sport Life o médico nutrólogo e cofundador e CEO da Four Vita, Dr. Guilherme Ludovice Brigatti.
Ao mesmo tempo, esse profissional reforçou a importância de consultar um profissional capacitado antes de iniciar qualquer suplementação. Principalmente se um sujeito estiver em condições médicas pré-existentes ou que já ingere um tipo de medicamento por longo período.
“Já foram relatados eventos adversos envolvendo o fígado em relação ao uso de creatina. Esses relatos são extremamente incomuns. Normalmente ocorrem em pessoas que já possuem problemas hepáticos ou então alguma outra substância que pode afetar o metabolismo do fígado”, acrescentou o nutrólogo.
Ludovice mencionou relatos de queda de cabelos em que não existem evidências científicas sólidas, que comprovem relação “estreita” do uso de creatina.
“Uma vez que a creatina não aumenta os níveis de testosterona e nem os de dihidrotestosterona (DHT). Portanto, a suplementação de creatina em longo prazo é segura desde que quem a esteja usando, seja saudável. E que faça acompanhamento regular com médico ou nutricionista”, encerrou o Dr. Guilherme Ludovice Brigatti.