Nos últimos anos temos assistido um maior número de atletas que usam meias de compressão. À primeira vista pode parecer que não é mais do que uma nova “moda” dos corredores, principalmente os de longa distância. Mas qual é o efeito real desse acessório? Qual seria a fundamentação para o uso das meias de compressão?
Existem várias teorias para fundamentar o uso das meias de compressão. A primeira delas é baseada no retorno venoso, uma vez que o sangue tem tendência a acumular-se no nível das pernas, tanto em repouso, como em exercício. Desta forma, aumenta o aporte de oxigênio nos músculos, facilitando o retorno venoso e a remoção de metabólitos recorrentes da atividade física, como, por exemplo, o ácido lático. Assim sendo, a homeostase muscular será mais eficiente, melhorando a capacidade de resistência do atleta.
A segunda teoria, que é a menos conhecida entre os atletas, no entanto, não é menos importante: trata-se da vibração muscular. Quando um atleta corre, existem inúmeras forças de impacto a que os músculos e tendões do membro inferior são sujeitos, principalmente quando falamos em superfícies com mais irregularidades ou rígidas. Pensa-se que esta vibração pode ser uma das causas de dor muscular tardia. E, desta forma, as meias de compressão muscular vão permitir uma maior estabilidade e uma menor vibração muscular, além da maior propriocepção (a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo).
Resumo das vantagens das meias de compressão:
• Aumentar o aporte de oxigênio nos músculos;
• Melhorar o retorno venoso;
• Acelerar o processo de remoção do ácido lático nos músculos;
• A compressão reduz a vibração muscular nos gêmeos, promovendo mais equilíbrio e propriocepção, com uma menor fadiga muscular;
• Manter a temperatura do corpo, principalmente na região das pernas);
• Reduzir o risco de lesões.
Texto de Luis Nascimento, fisioterapeuta