Saúde

Dia Nacional de Controle da Asma e o impacto do exercício físico

Esqueça o “conceito” de que asmáticos não podem praticar esportes e atividades físicas em geral

Dia Nacional de Controle da Asma - Shutterstock

21 de junho é o Dia Nacional de Controle da Asma, data criada pelo Ministério da Saúde com o objetivo de fazer um “alerta” sobre essa doença. A asma é mais uma doença crônica conhecida por atingir o pulmão e as vias respiratórias. No entanto, há como controlar essa moléstia e na sequência veja o impacto do exercício físico.

O destaque do exercício físico no Dia Nacional de Controle da Asma

“É recomendada a prática de atividade física no asmático. Ela melhora o condicionamento cardiopulmonar, contribui para o melhor controle da doença e evita assim as tão desagradáveis crises de asma. Contribui também para o controle de peso, pois hoje sabemos que indivíduos com algum grau de obesidade têm maior dificuldade para o controle da doença”, afirmou em entrevista exclusiva para o Sport Life o pneumologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Itu (SP) – CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) Dr. Alexandre Carrer de Sá.

Dessa maneira, a teste do doutor Alexandre diz que não há nenhum exercício físico contraindicado para quem vive com asma controlada. Porém, ainda existe uma ponderação para um portador dessa doença.

“Temos vários exemplos de atletas de alto rendimento em várias modalidades que são asmáticos. O asmático pode praticar qualquer tipo de atividade física desde que esteja com a doença controlada, mas sempre com a orientação de um profissional habilitado. Lembrando que, em vigência de crise de asma está contra indicada a prática de atividade física”, detalhou Carrer de Sá.

As demais orientações para um asmático no esporte

É amplamente conhecido que pelo menos 150 minutos de atividade física moderada durante a semana são bastantes para uma boa saúde cardiopulmonar. “Você pode dividir isso do seu modo e sempre com a orientação de um profissional de educação física”, informou o pneumologista do CEJAM.

Esse profissional ainda citou logo na sequência de que há um tempo determinado em que um asmático sinta uma melhora desde que cumpra com aquilo que foi estabelecido por um instrutor.

“De maneira geral, entre quatro e oito semanas de exercício o indivíduo já percebe melhoras como um todo: condicionamento, força muscular e emagrecimento. Com aumento da massa muscular, há consequentemente uma melhora expressiva no ganho cardiopulmonar”, destacou Carrer.

“O importante é fazer e no teu limite. Se a gente for pensar no asmático, tem o asmático leve, o moderado e o grave. Você vai começar em um ritmo à medida que você for treinando e você vai conseguir ir melhorando como todo mundo”, garantiu em contato com o Sport Life o pneumologista do Hospital Israelita Albert Einstein Dr. Humberto Bogossian.

É verdade que o frio prejudica quem tem asma?

“Na verdade, as mudanças bruscas de temperatura podem causar uma crise de asma. Além disso, no inverno costumamos usar roupas que estão guardadas há muito tempo e com grande quantidade de ácaros, que também podem desencadear crises. O asmático também não deve fumar e nem se expor à fumaça do cigarro. Por isso a importância da prevenção e do controle correto da asma”, respondeu.

Então, qual é o melhor clima para um asmático?

“A maioria dos asmáticos têm menos crises durante o verão, em que o tempo é mais quente e úmido. Porém, existem alguns casos de asma que pioram nessa estação, mas isso é uma parcela bem menor dos doentes”, concluiu o Dr. Alexandre Carrer de Sá.

“A melhor temperatura é como para todo mundo que vai fazer esporte. Então, evitar os contrastes de temperatura. A gente não recomenda fazer em temperaturas extrema e evitar o ar muito seco. Os piores horários para fazer atividade física é perto da hora do almoço. Então, o melhor é fazer no período da manhã mais cedo ou no final do dia”, encerrou o Dr. Humberto Bogossian.

Dado

O portal da SAPS (Secretaria de Atenção Primária à Saúde) informou em 2022, que 23,2% da população vive com a asma e que a sua incidência varia de 19,8% a 24,9% entre as regiões. Paralelamente, há o registro de que em um ano o SUS (Sistema Único de Saúde) “contabilizou” 1,3 milhão de atendimentos a casos de asma na Atenção Primária.

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