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Doping: triatleta Ariane Monticeli admite uso de EPO

Ariane Monticeli utilizou EPO para melhorar a performance neste ano; julgamento pode condená-la a até 4 anos de suspensão no triathlon

Foto: Esporte Clube Pinheiros

Neste último final de semana, o mundo do triathlon e de seus admiradores foram pegos de surpresa com uma triste notícia. A triatleta profissional Ariane Monticeli confessou ter utilizado EPO, uma substância de doping que aumenta a performance. Em carta publicada no portal Mundotri, Monticeli mostra arrependimento e conta detalhes do uso da substância, a qual começou a consumir neste ano, com medo de não se destacar nas provas (em 2016, Ariane perdeu a mãe, teve problemas técnicos no Ironman de Florianópolis e fez o Ironman de Zurich com o pé quebrado. Além disso, sofreu um acidente 14 dias antes de participar do mundial de Kona).

 

Foto: Esporte Clube Pinheiros

 

Em outro trecho da carta, Ariane Monticeli alega que ninguém sabia do uso de EPO, que procurou a substância por conta própria e passou a ministrar os ciclos de forma a não ser detectada nos exames antidoping que todo atleta de elite precisa se submeter para competir na categoria profissional. “EPO não é receita de bolo. Não mudou em nada a minha performance. Não venci o meio Ironman de Buenos Aires, não fiz nada de diferente do que sempre fiz em provas, fiquei frustrada, porque tinha que vencer”, conta.

Neste ano, Ariane sofreu um acidente grave de bike, mas nada a impediu de participar do Ironman de Florianópolis. Entretanto, no dia da prova a atleta postou em sua conta no Instagram que não pôde largar porque estava sentindo muitas dores por conta do acidente que havia sofrido. Só que nesse dia a Confederação Brasileira de Triathlon já tinha os resultados positivos de doping de Ariane, o que a impediu de participar do evento. Após a descoberta do fato, treinadores e colegas da triatleta ficaram ao seu lado. “Fiquei mergulhada em uma dor tão profunda (Ariane não havia contado sobre o uso para ninguém) que tentei tirar minha vida […] não via nada nem ninguém, só sentia vergonha. Depois de três dias nesses estado psicológico, comecei o processo da verdade”, revelou em dos trechos. A partir daí, Ariane contou para todos e agora aguarda ser julgada. Dependendo do julgamento, Ariane Monticeli pode levar até 4 anos de suspensão. Com o fato, a triatleta cogita mudar de profissão e até morar no exterior. Até o momento, seus patrocinadores não se manifestaram sobre o ocorrido (Ariane tem patrocínio de marcas como Mizuno e dr. Cool, além de treinar no Clube Pinheiros).

Leia a carta na íntegra aqui.

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