A alimentação desequilibrada, quando se priorizam produtos processados e ricos em açúcar, gordura e sódio, por exemplo, é capaz de aumentar as chances de doenças no coração. Mas o que um estudo demonstrou agora é que, mesmo sozinha, a ingestão de frituras já aumenta o risco de infartos e de derrames.
Pesquisadores da Fundação de Pesquisa Natural e Médica da China revisaram os dados de 17 artigos envolvendo 754.873 participantes e 85.906 mortes por doença cardiovasculares e constataram que, em comparação com os participantes que estavam na categoria de consumo semanal mais baixo de alimentos fritos, os que mais consumiam frituras estavam associados a um risco elevado de 28% para infarto e derrame; de 22% de doença coronariana; e de 37% de insuficiência cardíaca.
O cirurgião cardiovascular Elcio Pires Junior, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, explica que a ingestão de frituras favorece a aterosclerose, que é caracterizada pelo enrijecimento das artérias. “As artérias perdem a flexibilidade natural devido à formação de placas de gorduras que se acumulam em seu interior, podendo até levar a uma obstrução. Quando isso acontece, a gordura acumulada causa um estrangulamento nas artérias e atrapalham o fluxo sanguíneo, podendo levar o paciente a graves complicações, como infarto e AVC”, aponta.
Abandone: Motivos não faltam para você abandonar a fritura. Pois ela aumenta – e muito – as calorias dos alimentos. O acúmulo de gordura abdominal e o aumento de peso são consequências de seguir um cardápio que prioriza a ingestão de opções fritas. Além disso, ao mergulhar o alimento em óleo, há a desidratação e perda de nutrientes, principalmente substâncias antioxidantes, como a vitaminas. Por fim, ainda vale reforçar que o consumo em excesso de gordura saturada, presente nas frituras, é um fator que contribui para o aumento da produção de radicais livres em nosso organismo.