Futebol

Goleiro do Irã correu sérios riscos, alerta neurocientista

O goleiro iraniano tentou jogar. Permissão da FIFA foi criticada por especialistas

Goleiro do Irã - Shutterstock

O goleiro iraniano Alireza Beiranvand chocou-se de cabeça com seu compatriota Majid Hosseini no jogo contra a Inglaterra pela primeira rodada da Copa do Mundo. Nesse sentido, esse fato fez com que Alierza fraturasse o nariz e sofresse uma suspeita de concussão cerebral, de acordo com a FIFA. Alireza voltou ao campo sete minutos depois, protocolo da FIFA que foi detonado.

Crítica

“O diagnóstico de concussão é dado quando esses sintomas ocorrem após um forte golpe na cabeça e deve ser acompanhado imediatamente após o choque pois, apesar de na maioria dos casos, a recuperação ocorrer em poucos dias, os sintomas podem persistir afetando a função cognitiva do afetado” disse o Pós PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Beiranvand voltou ao chão pouco tempo depois e foi substituído por Hossein Hosseini. Existe ainda o sério risco desse arqueiro iraniano ficar de fora do restante da Copa do Mundo. Fabiano alertou para a importância dos cuidados imediatos após concussões e da presença de equipes de profissionais em campo.

“Após qualquer choque como o sofrido pelo goleiro iraniano, por precaução, o jogador não deve voltar a campo e sim realizar exames de neuroimagem para investigar mais profundamente e ter um diagnóstico mais preciso, também é necessário ambulâncias com todos os equipamentos necessários para evitar impactos à saúde do jogador”, justificou.

O que é uma concussão cerebral?

Lesão encefálica causada pelo choque forte na região da cabeça. Os sintomas são desequilíbrio, náuseas, problemas de visão, tontura, perda de memória, dificuldade de movimentação e dores de cabeça.

Perigos em uma partida de futebol

Outros casos como o jogo entre Argentina e Arábia Saudita nesta Copa do Mundo, onde o goleiro Mohammed Al Owais atingiu a cabeça o lateral Al-Shahrani com o joelho, fazendo-o desmaiar em campo, “agitou” discussões sobre os perigos durante partidas de futebol.

A revista Radiology publicou estudo em que jogadores que realizam muitos cabeceios no futebol podem sofrer alterações cerebrais e na sua função cognitiva, semelhantes aos de uma concussão.

Estima-se que metade dos jogadores atuantes há dez anos sofreram concussões em campo, o que representa um grande perigo à saúde dos jogadores.

Outro lado

A FIFA iniciou testes no Mundial de Clubes 2020, no Catar, com a nova regra: substituição extra em caso de concussões. A Sociedade Pediátrica Canadense orientou em 2012 para as associações esportivas desenvolverem políticas de reconhecimento e gerenciamento de concussões em jovens e organizações esportivas. Exemplos: NFL (National Football League) e NHL (National Hockey League) também têm desenvolvido regulamentos a respeito das concussões.

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