Nutrição

O ovo faz parte da dieta mediterrânea? Veja opções de proteína

É mais um tipo de dieta que ganha popularidade no Brasil

Comer ovo na dieta mediterrânea - Shutterstock

A dieta mediterrânea nos remete à um padrão alimentar eficaz na promoção de benefícios para a saúde, longevidade e prevenção de doenças crônicas. Ainda assim, há dúvida, por exemplo: pode comer ovo na dieta mediterrânea?

Comer ovo na dieta mediterrânea é aceito

“Sim. O consumo de ovos na dieta mediterrânea é permitido, porém em porções menores do que o padrão ocidental. O perfil alimentar da dieta é majoritariamente composto por grãos integrais, frutas, vegetais, legumes, oleaginosas em geral, as nozes, castanhas e amêndoas, ervas naturais, especiarias e azeite de oliva extravirgem”, disse em entrevista exclusiva para o Sport Life a nutricionista da Jasmine Alimentos, Karla Maciel.

Ovos e laticínios, como iogurtes e queijos, preferencialmente os desnatados ou fermentados, também podem fazer parte da dieta mediterrânea com moderação. Assim como a ingestão baixa de álcool.

“Contudo, na dieta mediterrânea ele é menos consumido por conta da concentração de colesterol animal que já foi associado ao risco maior de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, quando consumido em excesso. Apesar disso, a relação entre a ingestão de ovos com o risco de mortalidade é limitada e controversa”, pontuou a profissional.

O que vale a pena substituir o ovo na dieta mediterrânea?

“Peixes, carnes brancas e frutos do mar. Além disso, a combinação de proteínas vegetais entre cereais e leguminosas também atende as recomendações proteicas diárias e não necessitando o consumo diário de proteínas animais”, sugeriu.

Com quanto tempo é possível sentir os efeitos dessa dieta no corpo?

Há anos que a ciência reúne milhares de artigos científicos, que investigam o impacto da dieta mediterrânea na saúde e no meio ambiente. Uma vez que o perfil de alimentos consumidos é saudável e sustentável, o que agrega benefícios para o corpo humano e ao planeta.

“Os efeitos da dieta mediterrânea aparecem em longo prazo. Contudo, algumas mudanças clínicas podem se destacar com algumas semanas adotando este estilo alimentar, como melhora do humor, qualidade do sono, funcionamento intestinal e aumento da energia vital, tanto física quanto mental”, detalhou.

Vetos para consumo na dieta mediterrânea

Alimentos ultraprocessados ricos em açúcares refinados, farinhas brancas e gordura trans, embutidos de todos os tipos, carnes vermelhas ricas em gorduras saturadas, uso de óleos vegetais refinados e de gordura animal para preparo de alimentos estão fora da lista de recomendados.

“Além disso, também estão fora: refrigerantes, sucos artificiais com corantes e conservantes, doces em geral e álcool em excesso. Apenas o vinho tinto em quantidades equilibradas”, concluiu Karla Maciel.

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