As dietas se limitam às contas calóricas, mas o corpo humano sempre desafia a matemática. Então, um prato com 100g de frango, 100g de vegetais e 200g de arroz faz alguma diferença começar pelo arroz em vez dos vegetais? É comum pensar que os alimentos ingeridos vão para o mesmo lugar. Acontece que a realidade não é bem assim, ou seja, a ordem dos fatores nas refeições altera resultados.
Saiba como a ordem dos fatores nas refeições altera resultados
Vale a pena começar as principais refeições com alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis para diminuir a velocidade de digestão. E absorção dos carboidratos simples também.
“Optar por carboidratos complexos e integrais, como grãos integrais, legumes, frutas e vegetais, após consumir alimentos ricos em fibras, proteínas e gorduras. A digestão desses carboidratos naturalmente demora mais, resultando em uma liberação mais gradual de glicose na corrente sanguínea.
Evitar grandes quantidades de açúcares simples e alimentos altamente processados. Como doces, refrigerantes, bolos, biscoitos e frituras de imersão, que podem levar a picos rápidos de açúcar no sangue. Além da ordem dos alimentos, é importante controlar o tamanho das porções. Consumir quantidades excessivas de qualquer tipo de alimento pode levar a picos de açúcar no sangue. Mesmo com a ordem de ingestão cuidadosamente planejada”, disse a nutróloga Dra. Marcella Garcez.
A escolha dessa sequência denota a estratégia do controle do peso e doenças metabólicas e, também, não é necessário esperar muito tempo para sair do vegetal, ir para a carne e depois para o arroz.
“A questão do tempo entre consumir diferentes grupos de alimentos não é uma regra estrita e não há uma orientação universal sobre isso. O ponto principal ao considerar a ordem de ingestão dos alimentos é entender como diferentes tipos de alimentos interagem no corpo e como isso afeta a digestão, absorção de nutrientes e os níveis de açúcar no sangue.
O objetivo é equilibrar os macronutrientes, proteínas, carboidratos e gorduras, escolhendo consumir primeiro os alimentos que promovem uma liberação gradual de energia, evitando picos de açúcar no sangue”, destacou a nutróloga.
Recado
“Mas é necessário pontuar que a resposta glicêmica pode variar de pessoa para pessoa e as orientações sobre alimentação e controle de açúcar no sangue, preferencialmente, devem ser personalizadas. Outras estratégias também referendadas pela ciência incluem caminhadas após as grandes refeições, o que pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue”, ressaltou.
Palavra final
“Evitar grandes quantidades de açúcares simples e alimentos altamente processados, como doces, refrigerantes, bolos, biscoitos e frituras de imersão, que podem levar a picos rápidos de açúcar no sangue. Além da ordem dos alimentos, é importante controlar o tamanho das porções”, concluiu Marcella Garcez.