Você já teve aquela sensação de treinar igual ou até mais que alguns colegas e não obter os mesmos resultados? O motivo é o mesmo que leva uma pessoa a comer muito e mesmo assim se mante em forma, enquanto outra precisa manter uma dieta rígida para não engordar: a genética. Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera, nos conta como ela influencia na hipertrofia.
“O ganho de massa muscular é decorrente da hipertrofia das fibras musculares, ou seja, do aumento do seu volume. Tal crescimento é uma resposta natural do corpo frente a situações que exigem trabalho intenso dos músculos. O processo de hipertrofia muscular é influenciado por diversos fatores, como a prática de exercícios físicos, a composição da dieta, níveis de hidratação e o tempo de descanso entre atividades físicas. Além disso, o ganho de massa muscular também está relacionado às características genéticas do indivíduo, que podem ser mais ou menos favoráveis à hipertrofia”, aponta.
A boa notícia, no entanto, é que já é existe tecnologia suficiente para identificar quem é mais ou menos propenso a ter resultados. “Existem testes capazes de analisar diferentes variações genéticas ligadas ao ganho de massa muscular e a diversos outros pontos relacionados à atividade física. O Genera Fit, por exemplo, analisa marcadores genéticos relacionados com força, resistência e ganho de massa muscular, resistência física, performance atlética e até dor e recuperação muscular após o exercício. Esses teste são fáceis de se fazer. Você pode comprar pela internet e colher a amostra do DNA na sua casa, ou então em farmácias e laboratórios especializados. Em três semanas vocês têm o resultado com a análise de vários pontos (incluindo sobre a hipertrofia) do seu DNA”, complementa.
Para encerrar, Ricardo ainda mostra que, com ajuda de um especialista é possível traçar um plano de treinos mais indicado ao que seu teste genético mostrou. “Claro que os resultados de um teste genético devem ser avaliados, de preferência, por um profissional especializado que irá avaliá-los levando em consideração diversos outros fatores. Mas sim, os testes genéticos com certeza contribuem no processo de hipertrofia muscular, uma vez que podem indicar os exercícios físicos mais eficazes para cada indivíduo e explicar alguns achados que são visíveis durante o treinamento e que podem fazer muita diferença. Um ponto importante é que os testes genéticos podem ajudar a prevenir lesões. No teste da Genera, por exemplo, se analisa o risco de desenvolver Tendinopatia de Aquiles e até a parte de resistência óssea”, conclui.