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Santa Cruz retorna à elite do futebol

Carregado pela torcida, Santa Cruz volta ao seu lugar de direito

Crédito: Antônio Melcop/Santa Cruz

Crédito: Antônio Melcop/Santa Cruz

Uma das mais carismáticas agremiações do futebol brasileiro está de volta à elite. A dramática e comovente trajetória do Santinha começou em 2006, quando foi rebaixado para a segundona após terminar o Brasileirão na lanterna daquela edição. Para a tristeza dos pernambucanos, o ano seguinte também foi de descenso, desta vez com um 18º lugar na Série B. E a coleção de rebaixamentos continuou: em 2008, a 29ª posição na Série C não garantiu a permanência do time na terceira divisão.

Após dois anos de eliminações precoces na quarta e última divisão do nacional, os ventos começaram a ser favoráveis a partir de 2011. Depois de conhecer o descaso de perto, atuar contra times semiprofissionais e habitar lugares nada condizentes com a sua grandeza, o Tricolor do Arruda deixou os sucessivos fracassos para trás e, finalmente, retornou à elite – para alegria não somente da apaixonada massa coral, mas de todos os amantes dos estádios lotados e torcidas inflamadas.

A campanha rumo ao acesso começou preocupante (na 7ª rodada, os pernambucanos amargavam a 18ª colocação). Porém, o time evoluiu principalmente após a chegada de Edinaldo Batista, o popular Grafite. Aos 36 anos, o atacante retornou ao clube que o projetou em 2001 com status de craque, com direito a descida de helicóptero em sua apresentação. Experiente — vale lembrar que, em 2010, o jogador foi convocado por Dunga para a Copa do Mundo na África do Sul —, ele foi fundamental com sete gols em 14 jogos disputados.

Para 2016, a aposta da diretoria foi manter a base, mesmo com assédio em cima de nomes como João Paulo e Lelê. Além disso, destaque para a contratação do agora meia Léo Moura, ídolo e ex-lateral do Flamengo, e do atacante Keno, ex-Ponte Preta. Contudo, a estratégia não saiu como planejada, já que o Tricolor enfrentou muitas dificuldades no início de temporada, mas se recuperou na Copa do Nordeste. Se dependesse da força vinda das arquibancadas, a equipe tinha tudo para permanecer na elite. Mas, como as coisas são resolvidas dentro de campo, é bom o Santinha colocar as barbas de molho.

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