A tendinite, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, é simplesmente a inflamação ou irritação de um tendão. O grande problema é que o corpo humano tem tendões por toda a parte. De forma simplificada, eles são os responsáveis por ligar os músculos aos ossos, transmitindo impulsos de força para que a musculatura consiga contrair e realizar movimentos. Ou seja, todas as regiões do organismo que conseguem se mexer, possuem tendões e estão suscetíveis à tendinite.
Dessa maneira, ela pode atingir qualquer pessoa, de qualquer idade. No entanto, é mais comum em indivíduos sedentários, que exercem movimentos repetitivos ao longo do dia. Algo que sobrecarrega a articulação envolvida e provoca irritações, inflamações e, consequentemente, tendinite. “É necessário adaptar o tendão para suportar o ritmo de trabalho de cada um. Alguém que digita 500 palavras por minuto precisa fazer uma musculação, alongar para deixar o tendão mais forte e assim suportar esse ritmo”, diz o ortopedista Jorge Bitun.
Sabe aquela dor que você sente de vez em quando no ombro, joelho, cotovelo ou tornozelo? Ela aparece do nada, você ignora, depois de um tempo o problema some e volta a aparecer. Aparentemente não há nenhuma explicação para aquilo. No entanto, conforme os meses passam, a dor aparece com mais frequência. Até que chega o fatídico dia que ela não vai mais embora e se instala definitivamente no seu corpo. Só aí que a maioria das pessoas costuma buscar ajuda. O que é um erro.
De acordo com o Dr. Bitun, após a tendinite ser instalada, seu tratamento fica mais difícil. Por isso, é importante procurar auxílio ao primeiro sinal de dor. “Essa é uma luta do mais fraco com o mais forte. Se eu der um soco na parede, provavelmente vou quebrar a minha mão. Se a minha mão não for mais forte que a parede, nunca vou quebrar a parede”, exemplifica.
Segundo o também ortopedista, Dr. Daniel Ramallo, o diagnóstico da tendinite é realizado com exames clínicos, como ultrassonografia e ressonância magnética. “A partir disso, é analisado o caso e o tratamento, geralmente, é individualizado. Em alguns casos prescrevemos anti-inflamatórios não esteroidais, além da terapia física para reabilitação do paciente”, explica o médico.
No entanto, os especialistas listaram algumas medidas simples para evitar que a tendinite se instale no corpo. Confira:
- Evitar má postura;
- Se alongar corretamente;
- Fazer ergonomia no ambiente de trabalho;
- Manter boa rotina alimentar;
- Praticar exercícios físicos;
- Evitar o acúmulo de gordura corporal;
- Visitar o ortopedista sempre que tiver alguma queixa.
Por fim, vale ressaltar que atividades físicas em excesso ou que ultrapassem o limite do corpo, também podem causar a tendinite. A intensidade correta de esforço varia entre as pessoas. Para encontrar a dose correta de exercícios, nada melhor que ter o acompanhamento de um profissional de educação física para orientar os treinos.
Fonte: Saúde em Dia