Emagrecimento

5 coisas que você precisa saber sobre a dieta low carb

Muito popular, a dieta low carb pode ser uma ótima escolha para quem busca emagrecer. É seu caso? Então veja essas 5 dicas

Foto: ShutterStock

A dieta low carb conquistou muitos adeptos que buscavam um emagrecimento mais rápido atrelado ao ganho de saúde. Sem um acompanhamento nutricional, contudo, essa estratégia alimentar pode não render os resultados esperados – por isso, antes de mudar radicalmente sua rotina, é importante consultar um profissional da área.

As opções são diversas, e é necessário conhecê-las para saber qual é a mais indicada para a sua atual fase de vida. Ninguém precisa seguir um tipo de alimentação a vida toda, já que a rotina e as necessidades mudam, certo?

Além disso, não existe uma “melhor dieta”, e sim a que dá certo para você. A low carb pode ser uma estratégia temporária ou ser seguida a vida toda, dependendo da sua adaptação e dos seus objetivos no momento. Quer saber se ela é uma boa opção pra você?

Confira 5 curiosidades sobre a dieta low carb

  1. Low carb é a mesma coisa que cetogênica?

Ambas as estratégias alimentares buscam a redução na ingestão de carboidratos, porém, enquanto a low carb define um consumo de menos de 200g do nutriente por dia, ou que menos de 40% das calorias sejam provenientes dele, a cetogênica prega uma ingestão ainda menor, de até 50g de carboidratos diariamente. Segundo a médica Bruna Marisa, especialista em emagrecimento, a dieta cetogênica é recomendada por um curto período ou para situações específicas. Durante a cetogênica, é importante contar os carboidratos de todos os alimentos, incluindo as bebidas. Lembre-se de que a quantidade recomendada é do nutriente, e não do alimento fonte dele: por exemplo, uma fatia de pão tem aproximadamente 25g — e 12g do peso são de carboidratos.

  1. Low carb é dieta da moda?

Para emagrecer com saúde, a recomendação é: evite seguir dietas da moda e não copie a alimentação dos conhecidos. A low carb é uma prática alimentar bastante popular e que ficou ainda mais conhecida nos últimos anos, porém não pode ser chamada de “dieta da moda” de maneira negativa, uma vez que existem muitos estudos comprovando seus benefícios não só para o emagrecimento, mas para ajudar no controle de problemas de saúde como esteatose hepática, diabetes e hipertensão. “Há coisas que estão na moda e são ruins e outras que são ótimas. A popularidade não é o critério pelo qual se determina o mérito científico”, destaca o médico José Carlos Souto, diretor-presidente da Associação Brasileira LowCarb (ABLC).

Nessa estratégia alimentar, a intenção é restringir principalmente o consumo de produtos refinados e alimentos processados, além de diminuir a ingestão de grãos, como arroz e trigo. Hábitos semelhantes já eram seguidos pelos nossos ancestrais em um período anterior ao surgimento da agricultura.

  1. A dieta prejudica os treinos?

Talvez a redução de carboidratos, especialmente se você estava acostumado a consumir uma quantidade grande do nutriente, pode interferir no seu rendimento nas primeiras semanas. Por isso a importância do acompanhamento nutricional: todas as mudanças devem ser relatadas ao profissional, que avaliará a necessidade de trocar de dieta ou continuar com ela.

Contudo, é possível continuar com um bom rendimento nos exercícios e há até mesmo atletas profissionais que mantêm a low carb sem prejuízos. Isso porque o corpo aprende a utilizar a gordura como fonte de energia, que tem mais calorias e existe em maior quantidade no corpo. Em relação à manutenção ou ganho de músculos, durante a fase de emagrecimento é normal perder uma pequena quantidade de massa magra, em qualquer tipo de dieta. “Há apenas duas estratégias para mitigar isso: exercício resistido (musculação, por exemplo) e aumento do consumo de proteínas”, indica Souto. Já a perda de gordura é quase garantida.

  1. O cérebro precisa de carboidratos para funcionar?

Sim, é preciso um aporte de glicose para o cérebro diariamente, porém ela não precisa ser adquirida por meio de uma alimentação rica em carboidratos. Vale lembrar que a dieta low carb não consiste na exclusão desse nutriente, e sim na redução. Além disso, o processo de glicogênese (produção de glicose pelo fígado) é suficiente para manter o nível glicêmico do organismo por tempo indeterminado. Segundo Souto, os aminoácidos necessários para a realização desse processo podem vir de proteínas ingeridas na dieta.

O médico explica que o cérebro depende primariamente de glicose apenas em quem se alimenta à base de carboidratos. “Nas pessoas que se alimentam com baixo teor de carboidrato, até 75% das necessidades energéticas do cérebro são supridas por corpos cetônicos, pequenas moléculas energéticas produzidas pelo fígado a partir dos lipídeos, com esse fim”, esclarece.

Na maioria dos casos, após algumas semanas seguindo a dieta low carb, os indivíduos relatam melhora na concentração e na memória e menos sonolência diurna.

  1. Essa estratégia alimentar sobrecarrega os rins?

Pessoas com qualquer tipo de problema de saúde devem consultar o médico antes de iniciar um plano alimentar. Pacientes com insuficiência renal, por exemplo, apresentam dificuldades em excretar diversas substâncias, como as derivadas do metabolismo de proteínas, por isso não podem aderir a uma dieta hiperproteica. Contudo, o médico explica que pessoas sadias não vão desenvolver a doença se consumirem proteínas. Além disso, a ideia da low carb não é consumir proteínas em excesso, mas sim na quantidade adequada para cada organismo. “Low carb é normoproteico, e isso deveria ser conhecimento básico para um profissional de saúde que fala sobre o assunto”, comenta Souto.

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