Perder peso não costuma ser uma tarefa fácil, especialmente se tentamos emagrecer muito em pouco tempo. Isso leva a adoção de dietas restritivas e mirabolantes, que acabam gerando um resultado diferente do desejado, o que pode causar bastante frustração e desânimo.
Para fugir disso, a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento, ensina a driblar os erros comuns que atrapalham – e muito – o processo de emagrecimento.
1. Restrições alimentares severas
O erro mais comum de quem deseja emagrecer é restringir de forma severa a ingestão de alimentos. Isso porque essas dietas podem causar diferentes efeitos adversos que variam de compulsões alimentares a alterações no funcionamento da insulina, hormônio que reduz a quantidade de glicemia no organismo Nestes casos, é comum a ocorrência da diabetes.
Tanto o jejum, quanto comer de 3 em 3 horas podem ser inseridos em uma dieta saudável, o importante é a adaptação da rotina e o acompanhamento de um profissional da área. “É importante não ter preconceito e buscar um hábito diário que facilite o dia a dia. Só ajustando a rotina é possível adequar o cardápio correto”, explica a médica. Ana Luísa dá a dica é fazer um lanchinho com alimentos saudáveis e pouco calóricos, antes de chegar aos momentos cruciais de fome.
2. As ‘falsas’ boas escolhas
Não é porque o alimento é pequeno que possui baixa caloria, alerta a especialista. Frutas secas e oleaginosas, podem ser consumidas em pequenas quantidades, pois apesar de saudáveis, podem ser muito calóricas, o que dificulta emagrecer. Além disso, esses alimentos propiciam pouca saciedade, o que definitivamente atrapalha na dieta.
3. Priorizar apenas frutas cristalizadas, secas e oleaginosas
A Dra. Ana explica que esses alimentos são bem calóricos e, quando consumidos em grande quantidade, levam ao ganho de peso. É mais um caso de ‘falsa’ boa escolha. Uma boa alternativa é optar por consumir frutas frescas e inteiras, especialmente se estiver pensando em consumir apenas o suco.
“Geralmente, frutas inteiras são boas fontes de fibra, enquanto sucos de frutas não são. E uma xícara de suco de frutas, mesmo 100% puro, tem muito mais açúcar do que um pedaço ou uma porção de fruta inteira. Além disso, frutas inteiras são mais saciantes”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
4. Apostar só no light ou diet
A especialista explica que esses alimentos possuem funções específicas. “O diet é um alimento adaptado para diabéticos e, portanto, não necessariamente possuem baixa caloria. O light, possui redução de 25% no teor de alguns nutrientes, não necessariamente calorias, o que pode não favorecer o emagrecimento”, ressalta.
5. Consumir apenas alimentos low carb
Comidas low carb podem também ter grande carga de gordura que levam ao ganho de peso. “Por isso vale observar não só a quantidade de carboidratos, mas também as calorias agregadas em cada produto”, alerta a médica.
6. Optar por alimentos de alto índice glicêmico
As frutas e os sucos são um ótimo exemplo de que, mesmo contendo vitaminas e minerais, opções saudáveis podem comprometer a dieta. “Só para citar um exemplo, um copo de suco de laranja pode ter até 118 calorias. Portanto, dê preferência para as frutas com menor índice glicêmico como pera e maçã e as ricas em fibras como ameixa fresca, ameixa seca, amora e cereja fresca, que cabem melhor na dieta”, revela a nutróloga.
7. Cortar apenas a carne
O fato de não comer carne não garante perda de peso e melhora dos indicadores de saúde. “Normalmente, os adeptos de dietas veganas e vegetarianas acabam consumindo mais carboidratos e, consequentemente, aumentam a ingestão calórica”, finaliza a especialista.