Beach Tennis é a sensação brasileira, ou seja, é comum ver vários adeptos dessa modalidade por vários cantos do país. O “boom” é imenso que o Brasil já rivaliza com a Itália, país que criou a modalidade em 1987 na província de Ravennana. Além de dicas para o “play”, há o auxílio para saúde, como a recuperação osteomuscular para atletas.
Primeiramente, o que é essa proposta?
O primeiro cuidado é com a saúde e se relaciona com avaliação metabólica e osteomuscular por meio de exame de sangue, bioimpedância, ecocardiograma, ergoespirometria, testes funcionais com fisioterapeutas, avaliação nutricional e do médico do esporte.
A recuperação osteomuscular é o complemento dessas etapas, isto é, são botas de drenagem automatizadas, gelo e massagens específicas para soltura muscular que podem ser utilizados para acelerar a reabilitação muscular e manter a intensidade dos treinos e partidas.
“É fundamental (Recuperação osteomuscular) para todos os esportes e, principalmente, quando falamos de areia. Para prevenir as lesões, como fascite plantar, da fáscia, metatarsalgia, eu preciso pensar na recuperação tanto na terra e considerando a instabilidade da areia”, dia a médica do esporte do Espaço Einstein, do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Karina Hatano com exclusividade para o Sport Life.
São conceitos em prol do cuidado no pré e pós-treino para que os profissionais da saúde constatem de forma segura o condicionamento físico dos atletas e otimizações de suas atividades, que contribuem tanto para o rendimento quanto a qualidade de vida dos praticantes.
“As pessoas esquecem que precisa de condicionamento por ser esporte divertido. Para ter uma atividade mais saudável, o ideal é associar com condicionamento físico, a mobilidade e a ativação da musculatura”, acrescenta a médica.
A visão do atleta de Beach Tennis
A teoria fica melhor quando é conciliada com a prática. Pode parecer clichê, mas não é e quem reforça os seus cuidados com a saúde em meio a prática é o atleta profissional de beach tennis Douglas Collani, de 31 anos, 79° do ranking do ITF (Federação Internacional de Tênis) e 30° do quadro nacional.
“Hoje o atleta não fica só pelas questões de treinamento de quadra. Esse trabalho multidisciplinar dentro do esporte está cada vez mais importante. Um atleta é composto pela parte técnica, tática, física e a parte mental. A minha equipe tem de treinamento técnico e tático, o meu preparador físico e a parte de fisioterapia preventiva e recovery que eu venho trabalhando para poder ter o melhor desempenho como atleta”, afirma Douglas em contato com a reportagem.
Não basta ser profissional para ter essa atenção. Collani é testemunha de casos de pessoas que aderiram ao beach sem precaução e que tornaram-se vítimas de sérias lesões. Portanto, a parte médica vale até para quem quer só se divertir.
“Esses casos de lesões são recorrentes. A grande maioria desse esporte é amadora. O amador tem algumas especificidades, por exemplo, a técnica não é sempre tão apurada, condição física, fortalecimento muscular não é adequada. A pessoa amadora para jogar o tanto que o beach tennis é prazeroso, que é essa grande quantidade (jogos), precisa ter um trabalho complementar também”, relata.
Dado
Quem confirma o prestígio do tênis de praia no Brasil é a CBT (Confederação Brasileira de Tênis), entidade que administra esse esporte. Existia 400 mil praticantes no ano de 2021 e em 2022 o número cresceu para 1,1 milhão, o que detona o aumento de 175%.
Quem são eles?
Karina Hatano concilia o seu expediente no Albert Einstein com os seus cargos na Seleção Brasileira de Ginástica Ritmica. E na CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol). Essa doutora também concluiu duas pós-graduações em Fisiologia do Exercício e Esporte na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).
Douglas Collani é bacharel em Educação Física pela EEFERP-USP (Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo). E, além disso, é proprietário da Nova República do Tênis, em Franca (SP).
