Estudo feito pela Brigham Young University mostrou que corredores que fazem a transição para um calçado minimalista muito rápido têm mais chances de sofrer lesões ósseas.
“Você deve ter todo o cuidado antes de adotar esse tênis e a maioria das pessoas nem pensa a respeito disso. Só querem embarcar na moda ou comprar um tênis novo e pronto”, diz Sarah Ridge, autora da pesquisa.
Os pesquisadores descobriram que a transição rápida para o calçado levou ao aumento de edema na medula óssea (inflamação que causa aumento da quantidade de fluidos nos ossos) e mais lesões por estresse do que aqueles que usaram tênis tradicionais.
Mas Ridge esclarece: “Isso não quer dizer que o minimalista seja ruim, mas que é preciso fazer uma transição bem gradual para esse calçado, de mais de 10 semanas e em uma intensidade baixa de treino”. Segundo elas, as pessoas têm de lembrar que passaram a vida inteira usando um determinado tipo de calçado de corrida e que, portanto, devem dar aos músculos e aos ossos a chance de se adaptar.
E mudar o terreno?
Sim, é ótimo que você dê as suas passadas em lugares que tenham grama ou terra para prevenir lesões ósseas. “Esse tipo de solo é mais macio, além de atenuar o impacto, distribuindo melhor a carga da corrida e causando menos danos às articulações”, diz Renato Dutra, diretor-técnico da Run & Fun Assessoria Esportiva.
Mas se a ideia é ganhar rendimento, é preciso que você continue investindo no asfalto. “Grama e terra são terrenos são menos específicos e podem não oferecer o estímulo ideal para o competidor. Mas isso apenas para quem é muito competitivo e pretende ter melhor rendimento”, salienta o técnico. O mais prudente, então, é que você alie os dois tipos de treinos.
“Os atletas precisam se preocupar com a prevenção, correndo em terrenos macios e acidentados”, conta Dutra. Assim, os treinos mais longos devem ser feitos nesse tipo de solo, enquanto tiros e fartleks são mais seguros se feitos no asfalto.