Você sabe o que é dislipidemia? Trata-se de um distúrbio caracterizado elevação de lipídios (que nada mais são do que as gorduras) no sangue. Os níveis de colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para o funcionamento do corpo. No entanto, “quando são consumidos em excesso, as gorduras colocam as pessoas em alto risco de infarto, derrame, além de representar perigo para doenças cardiovasculares”, ressalta a nutricionista comportamental Patrícia Cruz.
A dislipidemia pode ser detectada por meio de exames laboratoriais com a medição dos níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações (LDL – colesterol ou “colesterol ruim” e HDL – colesterol ou “colesterol bom”) e triglicérides. Os números desejáveis referentes ao LDL podem variar de pessoa para pessoa, uma vez que a avaliação individual depende da história familiar, pessoal e da presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Como melhorar os níveis de colesterol?
“É preciso fazer uma mudança no estilo de vida como, por exemplo, iniciar a prática de atividades físicas, interromper o tabagismo, reduzir o peso, melhorar os hábitos alimentares, além do uso de medicações em alguns casos”, orienta a nutricionista.
Gordura saturada, gordura trans, carboidratos, colesterol e calorias presentes nos alimentos que integram o dia a dia são alguns dos maiores culpados pelos altos níveis de colesterol e triglicérides. Por isso, Patrícia recomenda uma seleção mais adequada da quantidade e frequência de consumo de determinados alimentos:
Trocas saudáveis
– Substitua carnes gordas por carne vermelha magra;
– Frituras, empanadas e milanesas por alimentos assados e grelhados;
– Leite integral e queijos amarelos por leite desnatado, iogurte light/zero (desnatado) e queijo branco;
– Frango com pele por frango sem pele;
– Doces ricos em gordura, como bolo ou sorvete, por picolé de fruta ou doces à base de frutas. Lembre-se de consumir com moderação!
– É preciso ofertar gorduras insaturadas (mono e poli-insaturada), como as presentes em frutas oleaginosas, castanhas do pará, castanha de caju, amêndoas ou peixes como salmão, sardinha e atum;
– Para funções benéficas no controle da dislipidemia, aumente o consumo de fibras solúveis e insolúveis. Elas vão diminuir a absorção do colesterol no intestino diminuindo as concentrações sanguíneas.Por isso, consuma diariamente cereais integrais, caso da aveia em flocos, farelo, arroz integral, granola, chia, linhaça, vegetais folhosos e frutas.
Tipos de definições de dislipidemia
-Hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dl);
-Hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos TGs (≥ 150 mg/dl) que reflete o aumento do número e/ou do volume de partículas ricas em TG. Nessas situações, o valor do colesterol não-HDL pode ser usado como indicador de diagnóstico e meta terapêutica;
-Hiperlipidemia mista: valores aumentados de LDL-C (≥ 160 mg/dl) e TG (≥ 150 mg/dl). Nesta situação, o colesterol não-HDL também poderá ser usado como indicador e meta terapêutica;
-HDL-C baixo: redução do HDL-C (homens < 40 mg/ dl e mulheres < 50 mg/dl) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG.
LEIA TAMBÉM
- 10 dicas para emagrecer e manter o peso de forma saudável
- Mais saúde! Combine alimentos e turbine o valor nutricional
- Alimentos saudáveis, mas que aumentam a fome? Entenda e faça boas escolhas
Texto: Érika Alfaro | Consultoria: Patrícia Cruz, nutricionista comportamental, especialista em nutrição e transtornos alimentares, adulto e infantil, mestre em Ciências da Saúde, membro do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), palestrante e personal diet;