Muitas vezes quando se fala em alta performance, principalmente de atletas, as pessoas associam energia ao açúcar, mas de acordo com a ex-atleta, nutricionista e educadora física, Dani Borges, é o contrário, o atleta precisa sim consumir energia, mas é de carboidrato bom, que vai ter um valor nutricional com vitaminas e minerais e não açúcar em si que passa por processo de refinamento.
Inclusive, no processo de refinamento o açúcar passa por inclusão de ativos químicos e um deles é o enxofre, que tira as vitaminas e minerais presentes naquele alimento. “Ele fica sendo apenas um veículo para fonte de energia rápida, só que sem vitamina nenhuma”, diz a nutricionista.
O açúcar refinado, por exemplo, quando ingerido é rapidamente absorvido, estimulando a produção de insulina que é hormônio secretado pelo pâncreas. “Quando isso acontece ou quando há o consumo excessivo que possa ocasionar uma sobrecarga para secretar a insulina no pâncreas, para tentar deixar os níveis mais adequados de glicemia no nosso sangue”, explica Dani Borges.
Quando há o consumo em quantidade exagerada do açúcar, a ingestão pode levar a uma resistência periférica à insulina, diabetes tipo 2, hiperglicemia, hiperinsulinemia e até alterar os glicerídeos e tudo isso é associado a risco de doenças cardiovasculares aumentadas. “Esse excesso, então, prejudica a saúde e a performance de um atleta”, conclui.
Como diminuir?
“O paladar humano se adapta ao consumo exagerado e conforme se reduz o uso, o paladar irá se acostumar a alimentos menos açucarados. Trocar o açúcar refinado por alimentos doces naturalmente como frutas e mel também é uma alternativa. Por último, o uso moderado de adoçantes também podem ser um aliado para a redução do açúcar, principalmente em bebidas amargas como o café. No entanto, também não é recomendado exagerar”, conta o Doutor Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera.