A equipe campeã que encantou a torcida, quebrou recordes e nadou de braçadas no Brasileirão 2015 deixou de existir antes mesmo do início da temporada. O Timão pagou um preço alto por montar um dos melhores times de sua história mas não garantir a permanência das peças-chaves do elenco. Só do time base que terminou a brilhante temporada foram embora Gil, Malcom, Ralf, Renato Augusto, Jadson e Vágner Love.
Depois de tantas perdas houve quem apostasse na decadência da equipe, mas iniciada a temporada, dentro de campo o que se viu foi uma equipe organizada e com eficiência próxima à anterior. É claro que há deficiências, especialmente no ataque, setor em que André faz a torcida ter saudades do muitas vezes contestado Vágner Love. Por outro lado, o jovem Lucca sepultou de vez as lembranças de Paolo Guerrero. No meio, a maior carência ainda é um substituto para Jadson. Rodriguinho tem seus lampejos, mas não o mesmo brilho, enquanto Guilherme pode oferecer muito mais. A boa surpresa é que Giovanni Augusto tem dado conta da dura missão de substituir Renato Augusto, para muitos o melhor do meio-campo do hexa. Maycon, uma das revelações da Copa São Paulo, mostrou grande potencial e mantém a qualidade nas ausências de Elias ou quando o time precisa ser mais agressivo.
Outro grande trunfo do time ainda é a solidez do sistema defensivo, especialmente depois da chegada de Balbuena, embora o menino Yago não faça feio quando joga ao lado do titular absoluto Felipe. Mas, indiscutivelmente, o maior nome deste novo Corinthians está no banco e atende pelo nome de Tite. Se o treinador chegar ao final da temporada à frente do Alvinegro, ultrapassará a marca de 400 jogos no cargo, atrás apenas do lendário Oswaldo Brandão, que dirigiu o Timão em 435 partidas.
Impossível também não levar em consideração o fator Arena Corinthians. Em sua casa, o Corinthians tem mantido um aproveitamento acima de 80 %, além uma média de público próxima a 30 mil pagantes, que empurram o time o tempo todo. Se mantém entre os favoritos.