Condicionamento Físico

Conheça a SET e veja como o excesso de treino te prejudica

É preciso estar atento para evitar a SET, que pode prejudicar atletas tanto amadores como profissionais. Veja como se cuidar

Foto: Shutterstock

Praticar exercícios físicos está diretamente relacionado com a melhora na saúde. No entanto, isso pode não acontecer: pois tudo em excesso pode fazer muito mal. Isto nos leva até a SET (Síndrome do Excesso de Treinamento), que pode apresentar sintomas diversos.

“Muitos atletas, principalmente paraolímpicos, desenvolvem a chamada SET, que ocorre quando o indivíduo desenvolve várias alterações fisiológicas e anatômicas, lesões no músculo cardíaco, batimentos cardíacos elevados ou irregulares, mesmo em repouso, um crescimento anormal do tamanho do coração, cansaço exagerado e insônia, devido ao excesso de treino”, explica Rogério Krakauer, cardiologista e presidente da Regional ABCDM da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

É importante que sejam tomadas medidas preventivas e a conscientização sobre práticas degenerativas, reduzindo-se assim a incidência do número de mortes por doenças cardiovasculares. Krakauer explica que, independentemente da nacionalidade, condições sociais e culturais, gênero, dentre outros fatores, as doenças cardiovasculares geralmente acometem pessoas que acumulam fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides alto, tabagismo, apneia do sono, obesidade, sedentarismo, antecedentes familiares de doenças cardíacas e abuso na intensidade da realização de exercícios e treinamentos físicos.

O médico ressalta que, na tentativa de chegar ao ápice, superando metas, alguns atletas profissionais ou amadores tendem a exagerar na prática, o que pode ser prejudicial à saúde. A recomendação geral para afastar riscos de doenças cardiovasculares, como a própria SET, os atletas devem se preocupar com o controle de peso, alimentação, sono e praticar com bom senso as atividades físicas que lhe agradam.

“As atividades mais indicadas são aquelas que permitem um aumento progressivo da frequência cardíaca, até atingir 60% a 85% da frequência cardíaca máxima, determinada pela idade ou por exames, como o teste ergométrico em esteira ou bicicleta, por exemplo. A frequência média deve ser de 5 a 7 vezes por semana”, reitera.

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