Nutrição

Com 8 vantagens, curcumina vira aliada após o Covid-19

Ainda sem nenhum tratamento específico disponível para tratar pacientes com Covid-19, curcumina apresenta bons efeitos terapêuticos

Foto: Shutterstock

A curcumina é um dos compostos naturais que vem sendo amplamente investigados para amenizar os efeitos de quem foi infectado com a Covid-19. Segundo a nutricionista Adriana Stavro, seu uso exibe uma ampla gama de propriedades terapêuticas. A especialista listou 8 deles para gente. Confira!

1) Alivia depressão
As evidências mostram que a curcumina pode aliviar os sintomas da depressão, aumentando a neuro gênese no hipocampo e no córtex frontal do cérebro. Um estudo (em ratos) de 2009 que avaliou os Potenciais da Curcumina Como Antidepressivo, mostrou que o polifenol é capaz de reverter alterações induzidas pelo estresse, alterando os níveis de neurotrofina. A curcumina não só aumenta a função neuronal, mas também pode proteger contra os efeitos da degeneração neuronal.

2) Antivirais
A curcumina impediu a replicação do SARS-CoV. Além disso, tem uma atividade inibitória significativa contra o efeito citopatogênico do SARS-CoV em células Vero E6. A curcumina foi eficaz contra outros vírus, como vírus influenza A, HIV, enterovírus, herpes, hepatite C e papilomavírus humano.

3) Brônquio dilatador
O principal problema da Covid-19, durante todo o seu processo, são as complicações pulmonares, principal causador da mortalidade.

4) Efeito antiemético
Cúrcuma longa L, como medicamento fitoterápico, é usada para tratar vômitos desde os tempos antigos em países asiáticos. Estudos mostraram que a curcumina melhorou o apetite de ratos na quimioterapia induzida. Por isso pode ser eficaz contra o vômito devido ao Covid-19.

5) Reduz mialgia e fadiga
Em um estudo em animais, a administração oral de curcumina mostrou função anti fadiga e melhorou a função física. A administração de curcumina reduziu o estresse e a fadiga em indivíduos que experimentaram ansiedade e cansaço, relacionadas ao estresse ocupacional em um estudo randomizado. Também evitou a perda muscular e melhorou o desempenho físico em idosos saudáveis, e retardou o início da sarcopenia. Por fim, os resultados sugerem que a curcumina pode ser eficaz para controlar os sintomas de mialgia, cansaço e fadiga induzidos por Covid‐19.

6) Anti-inflamatórios
Os efeitos anti-inflamatórios da curcumina foram relatados em estudos realizados com animais e humanos. Além disso foi mostrado efeito antipirético em ratos.

Duas metas análises de ensaios clínicos randomizados mostraram que a curcumina reduziu os níveis circulantes de IL-6 e TNF-α, que são os principais mediadores inflamatórios. Também reduziu a expressão de IL-1β em macrófagos de pacientes com doença de Behçet.

Além disso, a curcumina protegeu as células epiteliais da mucosa genital humana contra a replicação do HIV, ao inibir a ativação de quimiocinas pró-inflamatórias, como IL-8. Os efeitos protetores da curcumina foram estudados em várias doenças pulmonares, como DPOC, fibrose pulmonar e asma.

A curcumina regulou negativamente a produção de citocinas pró-inflamatórias (TNF ‐ α, IFN ‐ α e IL ‐ 6) em macrófagos e em humanos infectados com o vírus influenza A. A curcumina tem um efeito inibidor sobre a IL-17. Em outras palavras, IL-17 ao ativar P53 causa a estabilização do PAI-1, que por sua vez medeia o acúmulo de matriz extracelular e subsequente desenvolvimento de fibrose pulmonar em células alveolares tipo II.

7) Efeitos antioxidantes
Na infecção grave por Covid-19, a pneumonia pode causar hipoxemia, que por sua vez, altera o metabolismo celular e reduz o suprimento de energia, e aumenta a fermentação anaeróbica. Logo a acidose acontece e faz com que os radicais livres de oxigênio (RL) destruam a camada fosfolipídica da membrana celular. Portanto, um tratamento com propriedades antioxidantes será bom para esses pacientes. Neste sentido, a curcumina é uma ótima opção pelo potente efeito antioxidante presente no rizoma.

A curcumina aumentou o nível de superóxido dismutase (SOD) em lesão pulmonar aguda induzida, por isquemia-reperfusão intestinal em camundongos.

Além disso, a curcumina reduziu o nível de malondialdeído (MDA) e recuperou os níveis de xantina oxidase (XO), e a capacidade antioxidante total em lesão pulmonar induzida por ventilador em ratos.
Da mesma forma, a curcumina aumentou a atividade da enxima superóxido dismutase (SOD) e diminuiu o conteúdo de malondialdeído (MDA) no pulmão em lesão aguda induzida por sepse.

8) Imunidade
A curcumina combate o vírus inibindo a invasão e a multiplicação viral. Se já foi infectado, os efeitos serão menores e os sintomas serão mais brandos/leves.

Você também vai gostar

Sair da versão mobile