Em um mundo cada vez mais tecnológico, onde os smartphones oferecem as mais diversas funções, não é difícil acabar usando o aparelho a todo momento e para praticamente tudo. São inúmeras as opções: comunicação instantânea, redes sociais, música, jogos e até mesmo aplicativos funcionais, que auxiliam em tarefas do cotidiano. Mas o uso sem controle, a todo instante, pode causar dependência e transformar-se uma ação automática, prejudicando a rotina e outras atividades do indivíduo.
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Como identificar o vício
O psicólogo clínico Breno Rosostolato alerta que existem sintomas e comportamentos que podem denunciar uma preocupação excessiva com o aparelho, como a perda de controle dos próprios horários, a não realização de tarefas simples, nunca deixar a bateria acabar e sempre carregar o celular nas mãos. “Deve-se observar a frequência, a repetição do uso do smartphone quase como um ritual, ou seja, a pessoa está condicionada a ligar e usar o celular para começar bem o dia, para se acalmar ou como única forma de se divertir. A repetição deste comportamento transforma-se em um movimento automático, concretizando e sedimentando o estado de dependência”, afirma.
Consequências do uso constante do smartphone
Em casos mais acentuados, o vício pode até mesmo provocar alterações de humor, respiração, taquicardia, ansiedade e nervosismo. Segundo Breno, algumas correntes psicológicas acreditam que o uso indiscriminado do celular pode estar ligado à síndrome do pânico, já que muitas vezes o usuário não consegue sair de casa sem o aparelho. “A pessoa convence-se de que o celular é imprescindível e indispensável para se sentir segura. Estes são os nomofóbicos, ou seja, pessoas que ficam angustiadas quando se sentem impossibilitadas de se comunicar sem a presença do celular. Este quadro sugere algum transtorno do pânico ou ansiedade, ou seja, o aparelho seria uma espécie de válvula de escape para a angústia e o conflito do indivíduo”, explica.
Os smartphones devem ser aliados da agilidade e o uso indiscriminado pode proporcionar o resultado inverso: um comportamento enraizado que confunde, atrapalha e pode isolar o indivíduo socialmente.
Confira algumas dicas para reduzir o uso do smartphone
– Abandone o uso do celular quando estiver em um bar ou na balada. Procure se divertir e interagir com os outros. Seja radical: celular não pode afastá-lo das pessoas.
– No trabalho, coloque o aparelho na gaveta e evite o máximo que puder.
– Busque atividades que possam te tranquilizar e que promovam concentração e a sensação de bem estar como o yoga e acupuntura. A psicoterapia também pode ser uma aliada: além de fazer muito bem para nos conhecer, ajuda muito a diminuir o vício.
– Não dispense atrações culturais como teatro e cinema e, se conseguir, tente não levar o celular algumas vezes.
– Desabilite as notificações ou deixe o aparelho desligado por algumas horas .