Nutrição

Dia Internacional da Cerveja: como treinar sem deixar de beber

Um esportista amador ou profissional precisa repensar sobre esse consumo

Dia Internacional da Cerveja - Shutterstock

Hoje, 4 de agosto, é o Dia Internacional da Cerveja, cuja data foi inventada por um grupo de amigos liderado pelo cervejeiro Jesse Avshalomov, na cidade de Santa Cruz, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Mas a data simbólica também serve para refletir sobre os efeitos da bebida. Afinal, quem treina pode beber? O quanto ela atrapalha?

Dia Internacional da Cerveja e os efeitos da bebida para quem treina

“O consumo de álcool e a realização de atividades físicas definitivamente não combinam. Basta beber um pouco a mais em um dia para perceber no dia seguinte, que algo não vai tão bem como de costume e, claro, isso prejudica também seu desempenho nos exercícios e os resultados”, garante com exclusividade para o Sport Life a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.

Dessa forma, Marcella destaca que o álcool deve ser excluído por pessoas que não exigem muito do corpo e para quem pratica exercícios físicos com o objetivo de emagrecimento ou hipertrofia.

Outra curiosidade citada por Garcez é que o álcool é capaz de diminuir a força, a velocidade, a capacidade cardiorrespiratória e a resposta muscular. Além disso, a substância é o bastante para prejudicar o equilíbrio e a respiração.

“Apesar de fazer parte das relações sociais há milhares de anos, o álcool não deve ser ingerido por praticantes de atividades físicas que almejam atingir resultados satisfatórios. Não existe um nível seguro para o consumo. É bom estar ciente dos prejuízos que o álcool traz à prática esportiva e saúde no geral”, complementa a nutróloga.

O prejuízo da cerveja no ganho de massa muscular

O conceito inicial é a interferência negativa da cerveja na síntese de proteínas, processo no qual os aminoácidos se unem para formação de proteínas completas e há ainda a redução dos níveis de testosterona, hormônio essencial para o fortalecimento muscular.

“O álcool presente nas bebidas age diminuindo a produção do hormônio antidiurético, responsável por regular a perda de água do organismo. Isso faz com que eliminemos mais água e sendo essa a causa de irmos tantas vezes ao banheiro quando consumimos a substância. Além disso, o etanol eleva a pressão arterial e aumenta a produção de suor, contribuindo ainda mais para o quadro de desidratação”, enfatiza a profissional.

Diante dessas explicações, fica claro que a rotina da prática esportiva com o álcool ainda em nosso sistema torna-se perigosa, isto é, uma vez que a substância aumenta a frequência cardíaca devido ao distúrbio de água e eletrólitos.

“A realização de exercícios físicos requer energia, que vem dos carboidratos e da glicose metabolizada pelo organismo. Isso faz com que a atividade física por si só já promova uma diminuição da glicose no organismo. Com a adição do álcool, o fígado fica tão sobrecarregado em lidar com a substância, que desliga a produção de glicose e acentuando ainda mais o déficit. Isso tudo faz com que o corpo comece a usar a proteína como fonte de energia já que não há mais glicose suficiente no organismo e prejudica o desempenho das atividades físicas”, detalha.

Pode tomar cerveja com objetivo de emagrecer?

“O que vai determinar o emagrecimento é consumir menos calorias do que o corpo gasta (metabolismo). No entanto, o fígado é o responsável por digerir as bebidas alcóolicas. Porém, esse mesmo órgão é o responsável pelo metabolismo de gordura. O fígado trabalha diariamente quebrando as gorduras da sua alimentação e eliminando as toxinas. Quando você bebe álcool acaba adicionando mais uma tarefa na função do órgão. Dessa forma, seu fígado não consegue processar a gordura de maneira tão rápida e eficientemente pois estará, também, trabalhando para expelir o álcool. Como consequência, ocorre a desaceleração do metabolismo”, conclui a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.

A atual realidade do país no Dia Internacional da Cerveja

São orientações que partem de encontro com a realidade do Brasil. O levantamento do Euromonitor citou que o consumo de cerveja aumentou em 8% no ano de 2022 e atingiu 15,4 bilhões de litros, o que denota mais que os 7,7% de 2021.

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