Nutrição

Cetogênica, a dieta que aparece como solução para epilepsia

Além de ajudar a emagrecer, a dieta cetogênica ainda é útil na melhora do quadro da epilepsia refratária ou de difícil controle medicamentoso

Foto: Shutterstock

Constituído pelo baixo teor de carboidratos e aumento da ingestão de gorduras, a dieta cetogênica possui muitas restrições.

Destaque para a epilepsia, síndrome caracterizada pela perturbação de atividade das células nervosas no cérebro, gerando espasmos repetitivos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem desta doença, posicionando-a como uma das doenças neurológicas mais comuns no planeta.

A disfunção possui algumas variantes. A identificação se dá conforme a região cerebral afetada, o nível de consciência durante as crises e a frequência em que ocorrem. Dentre elas, há a epilepsia refratária ou de difícil controle medicamentoso, ou seja, onde só o uso de remédios não é efetivo. Nesse caso, a dieta cetogênica aparece como uma solução para a melhora do quadro.

Camila Monteiro, nutricionista parceira da Konjac Massa MF, explica que é preciso eliminar alimentos como pães, bolos, massas e arroz. Contudo, é preciso comer frutas, carnes, óleos e castanhas com mais frequência.

“A ausência de carboidratos faz com que o cérebro busque outra fonte de energia, que no caso são as gorduras. Cetose é o nome desse processo, que estimula a atividade cerebral e, consequentemente, reduz as convulsões”, contra sobre a dieta cetogênica.

Segundo a nutricionista, no início, o regime pode ter como efeitos colaterais cansaço excessivo, mau-humor e fraqueza. “A falta de glicose no cérebro faz com que o organismo reaja à essa ausência por alguns dias”. Mas assim que o corpo se adapta, o mal estar costuma passar. Por fim, é importante ressaltar a importância de realizar o acompanhamento médico ao fazer esse tipo de dieta.

Começando a dieta cetogênica

De acordo com Camila, para ingressar na dieta cetogênica, o paciente deve fazer a redução de carboidratos de forma gradual, até que o corpo assimile as alterações.

Esse regime também pode ser indicado para indivíduos que visam apenas o emagrecimento, pois a cetose diminui a massa corporal. Contudo, a nutricionista alerta que os novos hábitos alimentares não devem durar tanto tempo. “Uma pessoa com epilepsia deve ser submetida a dieta cetogênica pelo período de 2 a 3 anos, onde espera-se que suas crises sejam reduzidas pela metade, mesmo após o final do tratamento. Aqueles que não tem esse problema devem seguir as restrições por, no máximo, 6 meses” orienta.

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