“Primo-irmão” do Ozempic (semaglutida), o medicamento estadunidense Mounjaro virou trend nas redes sociais após celebridades relatarem o uso para o emagrecimento rápido. Dessa forma, o professor de Enfermagem do CEUB (Centro Universitário de Brasília) Dr. Danilo Avelar vai responder as quatro principais dúvidas sobre Mounjaro.
As quatro principais dúvidas sobre Mounjaro
Qual é o principal mecanismo de ação do Mounjaro? Emagrece?
“Atua como um análogo do GLP-1 (Peptídeo semelhante ao glucagon) e GIP (Polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose). Esses hormônios são responsáveis por estimular receptores que aumentam a produção de insulina em resposta à glicose. Além disso, o medicamento retarda o esvaziamento gástrico, prolongando a sensação de saciedade e contribuindo para o controle glicêmico”, disse.
Como contribui para uma melhor adesão ao tratamento pelos pacientes?
“O Mounjaro tem administração por via subcutânea, geralmente em uma dose inicial baixa, ajustada conforme a resposta do paciente ao tratamento. Esse regime de administração oferece conveniência e flexibilidade aos pacientes, o que pode melhorar significativamente a adesão ao tratamento”, comentou.
Quais efeitos colaterais comuns e como gerenciar?
“Os efeitos colaterais mais frequentes incluem distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e desconforto abdominal. Além disso, esses sintomas podem ser gerenciados com ajustes na dieta, como aumento na ingestão de fibras e líquidos, além de orientação médica para minimizar o impacto dos efeitos adversos”, respondeu.
Existem precauções específicas?
“É importante que os pacientes compreendam os potenciais efeitos colaterais do Mounjaro, como distúrbios gastrointestinais e mudanças na pressão arterial. O uso do medicamento deve ter acompanhamento de profissionais de saúde, especialmente no ajuste da dosagem inicial e na monitorização contínua dos efeitos terapêuticos e adversos”, encerrou Danilo Avelar.