Nutrição

Excesso de proteínas é um potencial risco para os rins; entenda!

Dietas com excesso de proteínas podem aumentar significativamente as chances de algumas doenças

Foto: Freepik

Dietas hiperproteicas (baseadas no alto consumo de proteínas), têm ganhado inúmeros fãs recentemente. Afinal, por acelerarem a perda de peso e o ganho de massa muscular no organismo, são vistas com otimismoEntretanto, se não bem administrado, o excesso de proteínas no cardápio pode deixar um resultado final desagradável: a ureia.

A substância, por sua vez, pode sobrecarregar rins, aumentar a taxa de filtração e acelerar possíveis doenças renais. Caso o indivíduo não faça uma hidratação adequada, o excesso da excreção de ureia abre portas para a formação de cristais de ácido úrico, cálculos renais e até mesmo crise de gota.

Atitudes para não ter complicações causadas pelo excesso de proteínas

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O risco, segundo explica a nefrologista do Hospital do Coração (HCor ) Leda Lotaif, é ainda maior em pessoas com doenças pré-existentes nos rins e/ou com histórico familiar de doença renal. “Antes de iniciar uma dieta, é preciso fazer um check-up. No caso específico de dietas com alto consumo de proteínas, é necessário descartar a presença de doença renal pré-existente que é, muitas vezes, desconhecida por ser silenciosa e sem sintomas”, orienta a especialista. 

Para evitar complicações, é importante que exista moderação e conhecimento da quantidade ideal de proteínas que se deve comer. “A recomendação deve ser individualizada, levando em consideração a idade, doenças de base, atividade e objetivos da pessoa”, explica Leda Lotaif.  As principais consequências do excesso de proteínas são: o aumento do risco de doenças cardiovasculares, pedra nos rins, aumento de peso e problemas no fígado.

A nefrologista afirma que pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise devem consumir de 1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso diariamente. Quanto aos portadores de DRC que não fazem hemodiálise, recomenda-se de 0,6 a 0,8g de proteína a fim de retardar a evolução da doença renal. “Em indivíduos saudáveis, com função renal normal, não existe contraindicação formal para dieta hiperproteica, embora os seus efeitos por períodos prolongados não sejam bem conhecidos”, conta Leda.

Como consumir proteínas

  • Invista em carnes como a do frango (peito), porco (lombo ou filé mignon), peixe e a bovina (músculo, filé mignon).
  • Evite embutidos (salsicha, presunto, salame), pois são ricos em sal e conservantes, mesmo os denominados light.
  • Beba bastante líquido para manter seu corpo hidratado e prevenir a formação de cálculos renais. O ideal é que a urina saia clara.

 

Texto e edição: Leonardo Guerino e Matheus Santos/Colaboradores

 

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