Saúde

Idosos têm 14% mais chance de morte por culpa do isolamento

Todos estão sofrendo com o distanciamento social, mas os idosos necessitam de cuidados e atenção especial nesse período

Foto: Shutterstock

Uma pesquisa da Universidade de Chicago revelou o surgimento de novas doenças inflamatórias entre idosos na pandemia, e concluiu que o isolamento aumenta em 14% o risco de morte acima dos 60 anos. E isso vai dos casos mais extremos, como avós que não puderam conhecer os novos bebês da família, até aqueles que mudaram suas rotinas e sentem as consequências disso.

A questão é séria e faz parte dos desejos e necessidades mais intrínsecos do ser humano. Isso porque, entre outras complicações, a solidão e a ausência de movimento induzem no corpo uma situação semelhante ao alto estresse. E esse, por sua vez, solicita respostas inflamatórias que causam a menor fabricação de leucócitos – células do sangue responsáveis por lutar contra infecções.

Em vista disso, os geriatras recomendam a manutenção dos movimentos do idoso para que, ao mesmo tempo em que se protege da covid-19 e de outras doenças respiratórias ligadas ao inverno, possa manter suas funções motoras nos níveis necessários ao bom funcionamento do organismo.

“A pandemia afeta demais a vida do idoso. Por isso recomendo a manutenção das sessões de terapia ocupacional presenciais, tomando-se todos os cuidados sanitários. Eu preciso pegar no paciente para avaliar sua musculatura”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Szmidziuk. A partir de sua vivência em consultório, ela recomenda realizar sessões que estimulem o lado motor e funcional dos mais velhos.

Entenda a importância do estímulo motor para os idosos

“Não se trata de ‘arranjar algo para eles fazerem’, e sim auxiliar o idoso a fortalecer o corpo e entender tudo que é capaz, de forma autônoma”, recomenda Syomara.

Nas sessões de terapia ocupacional, eles retomam o contato com a realidade concreta, que, muitas vezes, se perde no isolamento e pela ausência de socialização. A profissional auxilia no estímulo de práticas de autonomia na higiene, alimentação e lazer.

“O próprio fato de falar sobre seus interesses, estimular a musculatura e demonstrar na prática o que ele consegue fazer ajuda o idoso a retomar a alegria dos afazeres diários”, conclui Syomara.

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