A pandemia no último ano nos obrigou a passar mais tempo dentro de casa. Nosso lar passou a ser ambiente de trabalho ou estudo também. As opções de lazer ou de treinamento também ficaram mais restritas. Por fim – e não menos importante – nossa alimentação também mudou. E aí entra a importância da medicina culinária.
Cozinhar – sozinho ou na companhia da família – se tornou uma válvula de escape para a saúde mental e também uma forma de cuidar da saúde por meio da escolha e priorização de refeições caseiras. Além, claro, de ser uma alternativa mais barata do que apostar no delivery.
A doutora Renata Aniceto, pediatra e especialista em Nutrologia, diz que por meio da medicina culinária, que alia o conhecimento da ação dos alimentos à medicina, podemos melhorar nossas escolhas alimentares e, com isso, reverter doenças e também reduzir o uso de medicamentos e de internações.
“Diversos estudos apontam que doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes, infarto e AVC (acidente vascular cerebral) são responsáveis pela maioria das mortes, casos de invalidez e gastos com saúde no mundo e 80% delas podem ser evitadas com alteração no estilo de vida, o que passa pela alimentação”, aponta a médica ao destacar a importância da medicina culinária.
Ao optar por preparar as próprias refeições, a família tem a chance de escolher os ingredientes, priorizando o que é natural e saudável e, mais do que isso, controlar a quantidade daqueles que podem fazer mal, como sal, açúcar e gordura.
E não precisa ser chef para conseguir fazer uma receita gostosa, nem gastar muito tempo. “É uma questão de escolha! Há 4 anos, priorizei o ato de cozinhar para a família, ajeitei a agenda e tomei uma decisão que leva alimento saudável, afeto, cultura e pertencimento, principalmente para os meus filhos”, conclui a médica.