Nutrição

Quais alimentos podem ajudar a acelerar o bronzeamento; entenda

Explicações mostram o quanto um conceito depende do outro

Alimentos - Shutterstock

Agora é a época do verão, estação mais quente do ano e que ao mesmo tempo requer muitos cuidados sobre a saúde, atividade física e alimentação. Portanto, surgem muitas dúvidas para poder aproveitar este ciclo de forma segura. Eis que surge esta indagação: alimentos podem ajudar a acelerar o bronzeamento?

Resposta

“Os alimentos de coloração amarelo, laranja e verde escuro possuem um pigmento da família dos carotenoides, o betacaroteno, que funciona como um poderoso antioxidante que auxilia na proteção contra os radicais livres. Fortalece o sistema imune, há potencial fotoprotetor e atua contra os danos causados pela exposição solar”, disse a nutricionista do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba, Marcelly Pires em entrevista exclusiva para o Sport Life.

Questionada quais são estes alimentos ricos em betacaroteno, Marcelly citou os principais. A nutricionista também citou a importância do licopeno, antioxidante “puxado” pelo organismo e que a sua principal função é “blindar” o nosso corpo contra os danos causados ​​pelos compostos radicais livres.

“Os alimentos ricos em betacaroteno são couve, cenoura, acerola, espinafre, abóbora, melão, brócolis, manga, melancia e entre outros. Outro carotenoide conhecido por seu fator fotoprotetor é o licopeno, que reduz a ação dos radicais livres, previne o envelhecimento cutâneo e diminui os danos precoces causados pela luz UV (ultravioleta)”, explica Pires.

“O licopeno confere aos alimentos o pigmento vermelho, ou seja, pode ser encontrado no tomate, goiaba vermelha, pimentão, melancia, caqui, pitanga, mamão”, complementa a nutricionista.

Estatística sobre alimentos

Esse tipo de orientação soa como importante em meio ao cenário de arrefecimento da pandemia do coronavírus. O motivo é o trabalho de pesquisa da Universidade Livre, de Betim (MG), em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que foi divulgado em abril do ano de 2021.

Esse experimento comprovou que os lares brasileiros passaram por redução significativa no consumo de alimentos saudáveis, exemplos: frutas, queijos, carnes, hortaliças e legumes na pandemia da covid-19. Já em casas com o contexto de insegurança alimentar, que significam perto dos 60% dos domicílios, a queda da ingestão de produtos bons passou o índice de 85%.

Bronzeamento

A alimentação e atividade física são questões importantes junto com a proteção solar. A cada ano esse assunto é atualizado, com as estatísticas, que deixam os profissionais da saúde em desespero porque esses dados simplesmente não param de crescer.

A pesquisa do Instituto de Cosmetologia, da cidade de Campinas (SP), mostrou que 71% da população brasileira não usou protetor solar diariamente em 2022. Esse trabalho contou com a participação dos habitantes dos 26 Estados e do Distrito Federal. O valor do protetor solar foi citado como “barreira” para não aplicar a proteção no corpo.

Orientações diárias

Marcelly não poupou nas suas recomendações para proteção de pele. “Sempre use protetor e, principalmente, no período de exposição solar. Evite a exposição solar entre as 10h e 16h. Mantenha a ingestão de água adequada (35ml/Kg de peso corporal) ao dia. Evite banhos muito quentes para não agredir a pele”, diz.

Outro auxílio da Marcelly é a “conexão” daquilo com que se come no bronzeamento. “Para manter um bronzeado bonito e duradouro, frutas e verduras devem ser consumidas diariamente. São fontes de vitaminas e minerais, em especial de efeito antioxidante vitaminas A, B7, C e E, zinco e cobre”, justifica.

“Para que os efeitos dos carotenoides sejam maiores, comece consumir de 3/4 porções uma semana antes da exposição solar. Podem ser consumidos crus, cozidos, assados, em forma de sucos, vitaminas ou saladas. Porém, quando consumidos com alguma fonte de gordura, como cenoura cozida e azeite, a absorção dessas substâncias é melhor. Alimentos ou suplementos com betacaroteno quando consumidos em excesso pode deixar a pele alaranjada ou amarelada (Carotenemia)”, finaliza.

Quem é ela?

Marcelly Pires é bacharel em nutrição pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica) e mestranda em qualidade dos alimentos e saúde na UFPR (Universidade Federal do Paraná). Além do seu ofício no Hospital Universitário Cajuru, é fundadora e preside a Lanutris (Liga de Nutrição Social), da PUC-PR.

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