Saúde

Uva ou álcool, o que garante as vantagens de tomar vinho?

Quem não é fã de vinho, pode ficar tranquilo! Outras bebidas alcoólicas também trazem vantagens ao organismo, se consumidas com moderação

Foto: Pixabay

Tomar uma taça de vinho é considerado uma atividade saudável. Mas, se comparar a ingestão dessa bebida com seus concorrentes alcoólicos, será que o vinho está com essa bola toda?

Por muito tempo, acreditou-se que sim, pois as vantagens do vinho estavam atreladas à uva, que dava propriedades nobres, que o lançam à frente de seus rivais, como cerveja, vodca, uísque, entre outros.

O que pesquisas vêm demonstrando é que alguns dos benefícios atribuídos ao vinho deveriam ser creditados ao álcool presente nele e não somente às uvas. Nesse caso, não seria exclusividade dele, mas sim de todas as bebidas compostas de etanol, alguns efeitos benéficos à saúde, como a redução no risco cardiovascular e a menor mortalidade geral.

Comparando um grande número de pessoas ao longo de 12 a 20 anos, pesquisas comprovaram que aqueles que tinham um consumo de leve a moderado de álcool tiveram taxas de morte cardiovascular de 30% a 40% menores em relação aos abstêmios, independentemente do tipo de bebida.

Assim, discute-se a sugestão de que parece que uma dose controlada de bebida alcoólica pode promover um efeito cardioprotetor. Essa dose, considerando indivíduos sem doenças e com estilo de vida saudável, é de 25 mL de etanol por dia, o que significam duas taças de vinho, duas latas de cerveja ou duas doses de bebida destilada. Para as mulheres, a dose indicada é metade da dos homens, ou seja, 12,5 mL de etanol. Além desse limite, o álcool pode provocar inúmeros efeitos deletérios.

Portanto, aos que bebem diariamente, a boa notícia: parece haver uma dose segura para apreciar um drinque e ainda beneficiar a saúde. O vinho tinto ainda parece ser a melhor, mas não a única, opção. Aos que não bebem diariamente, recomendo que não mudem seus hábitos. Ainda é cedo para apostar nessa estratégia como prevenção de problemas cardiovasculares. Além disso, a bebida alcoólica, mesmo em quantidades pequenas, pode provocar aumento de gordura corporal e redução da performance.

Apesar do efeito cardioprotetor relatado em inúmeros estudos, não se empolgue imaginando que o álcool pode substituir hábitos saudáveis. Bom mesmo para o coração é praticar exercícios regularmente, alimentar-se bem e não fumar.

Por fim, vale ressaltar que como o vinho é rico em polifenóis, promete propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, hipotensoras, anticoagulantes e anti-carcinogênicas, realmente é considerado o primeiro. No entanto, pouco atrás está a cerveja, também apresentando uma importante fonte de polifenóis provenientes do malte e do lúpulo. No entanto, mais estudos são necessários para comprovar a sua bioatividade no plasma humano.

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