O treino “cardio”, ou cardiorrespiratório, valoriza o fortalecimento do sistema cardíaco. Quem se submete a esse treinamento aeróbio lida com a resistência, que influencia no aumento da frequência cardíaca. Embora acione o sistema cardiovascular e respiratório, essa modalidade gera dúvida, por exemplo: cardio é melhor antes ou depois do treino de musculação?
Cardio antes ou depois do treino?
“Depende. Depende da pessoa, do objetivo, se gosta de fazer e etc. Pensando em emagrecimento, é interessante que se combine treinos de força e os chamados cardio, que podem ser feitos em forma de curta, média, longa duração, em baixa, moderada ou alta intensidade”, responde em entrevista exclusiva para o Sport Life o personal trainer Bruno Sapo.
Dessa maneira, Bruno elencou que em sujeitos moderadamente ou não treinados o efeito de treinamento concorrente, aquele em que um treino pode interferir no outro, é bem pequeno. Logo, é indiferente cumprir com o cardiorrespiratório antes ou depois do treinamento.
A situação se inverte para pessoas habituadas com exercício físico, isto é, o êxito do treinamento concorrente pode ser maior. Sendo assim, é viável com que se priorize o objetivo principal para não “abalar” o que está programado para depois.
“Por exemplo: se o objetivo principal for força, o treino de força primeiro. Se for ganho de condição cardio respiratória, esse treino primeiro”, detalha Sapo sobre a adaptação de métodos.
Como se trabalha o cardio para quem preza pelo bem-estar?
“Depende também se a pessoa gosta ou não de fazer. Em pessoas que só fazem por que tem que fazer e buscam qualidade de vida, pode-se optar por fazer antes, pois muitas vezes após o treino de força a pessoa já está sem paciência e não acaba o cardio. Então, já começar com o cardio pode ser uma opção”, conclui o personal trainer Bruno Sapo.
O recado para não ser vítima do overtraining
Obviamente, o exercício físico faz parte dos pilares para boa saúde, mas o seu excesso resulta em overtraining, que traz danos seríssimos para um esportista não importa a modalidade. Detalhe que os prejuízos atingem até na estética.
“O exercício estimula a produção de antioxidantes e isso é ótimo. Agora, se o gasto de energia é alto demais, com um excessivo levantamento de peso, há um aumento gigantesco da produção de radicais livres e sem defesa suficiente chegamos ao estresse oxidativo. Isso danifica várias moléculas. Entre elas: colágeno e a elastina aumentando a flacidez e piorando a qualidade da pele”, explica a médica cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance.
O consenso é que um atleta amador ou profissional adote o equilíbrio na sua rotina. “A cada treino você pode exigir um pouco mais dos seus músculos, mas sem sobrecarregar o corpo. Procure um nutrólogo ou nutricionista para o consumo ideal de proteínas e gorduras de boa qualidade, sem esquecer dos carboidratos, na quantidade exata, para dar energia ao corpo”, encerra o médico dermatologista Dr. Abdo Salomão Júnior.