Quem sofre de doenças no sistema respiratório é geralmente aconselhado a ficar longe de esportes que exijam mais dos pulmões. Entretanto, atividades como a corrida, para determinados casos, são benéficas e podem até mesmo amenizar os incômodos da doença.
+ Como a corrida pode prevenir doenças
A corrida tem o poder de estimular e manter funções essenciais do organismo, principalmente a respiratória. Segundo o educador físico Felipe Lopes da Silva, antes de descartar a possível prática do esporte é necessário levar em consideração qual é o tipo de doença, em qual momento foi adquirida e se o tratamento com um pneumologista, fisioterapeuta, psicólogo ou fonoaudiólogo foi realizado. “O educador físico, em conjunto com profissionais médicos, deverá avaliar o indivíduo de forma global. Não só a doença respiratória, mas também sua condição física atual”, explica.
Correr pode melhorar a qualidade do sono, estimular a circulação sanguínea e aumentar a captação de oxigênio – o que consequentemente gera uma maior disposição para atividades do cotidiano. Muitas vezes quem sofre doenças respiratórias e começa a correr pode ter um melhor desempenho no esporte do que uma pessoa sadia, mas que não tem o hábito de se exercitar.
+ Exercícios para melhorar a respiração
Para começar
Para entrar no mundo da corrida com segurança, é importante estar com as consultas médicas em dia, se necessário passar por um processo de reabilitação e ter o acompanhamento de um profissional de educação física.
O ritmo e a frequência de treinos variam de acordo com limites individuais, mas a recomendação geral é que todos iniciem a corrida leve ou moderada, sem que o corredor fique ofegante ou sinta desconfortos durante a atividade.
Restrições
Em casos mais graves, a corrida não é indicada e pode até mesmo ser prejudicial. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que gera tosse, muco, falta de fôlego e aperto no peito, tende a agravar-se com tempo, não sendo um caso em que a corrida possa ser benéfica.
No caso do sedentarismo, mesmo que o indivíduo não apresente uma doença respiratória, a corrida também não deve ser introduzida de imediato. “É necessário passar por um processo pedagógico respeitando sua individualidade para que a corrida seja benéfica, e não o contrário”, alerta o educador físico.