A história do macarrão é muito interessante devido às suas controversas. No ano retrasado, a ex-presidente Dilma Rousseff instituiu no Brasil, o Dia Nacional do Macarrão. A data, que é dia 25 de outubro, foi escolhida por ser o dia em que as empresas do ramo realizam, anualmente, doações do alimento a entidades beneficentes por todo o país.
O Brasil consome anualmente um milhão de toneladas da massa por ano, se colocando entre o 12º país que mais consome macarrão no mundo. Para comemorar esse dia e homenagear esse alimento tão adorado e tão importante para a dieta brasileira, vamos aprender uma pouco mais sobre a história do macarrão.
Para começar, um fato curioso é que hoje em dia consideramos a maioria das massas alimentícias como macarrão, mas nem sempre, e nem em todo lugar, isso foi assim. O espaguete, por exemplo, é considerado, ainda em alguns lugares, como uma massa diferente do macarrão, que por definição deve ser mais curto e até mesmo furado por dentro, como o penne e o cotovelo. Claro que hoje em dia, principalmente aqui no Brasil, essa divisão não é feita tão a ferro e fogo, porém ainda há coisas curiosas sobre o macarrão que ninguém sabe, ou entende de forma errada.
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O macarrão é composto de 11% de proteína, é rico em vitaminas do complexo B e pode variar entre o comum, feito de farinha de trigo e água; de sêmola, feito com trigo nobre; com ovos; grano duro, feito com trigo durum, integral; com vegetais e até caseiro, como muitos preferem. Hoje em dia, há ainda opções sem glúten. Os formatos variam em todos eles, como o fusili, o penne, o espaguete, o ravióli, etc. Mas se tem algo que eles compartilham é que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o macarrão não engorda. Ele é uma fonte de energia e pobre em gorduras, além de ter zero de gorduras trans.
Já foi comprovado cientificamente que massas podem e devem constar em refeições diárias. O macarrão brasileiro é muito bem conceituado, inclusive entre os italianos, que são os que mais entendem do assunto, de acordo com a cultura popular. Entretanto, engana-se quem pensa que a iguaria foi inventada na Itália. Reza a lenda que o explorador italiano Marco Polo trouxe o macarrão da China para a Itália, durante o século XII. Porém, apesar de essa ser a mais famosa história sobre o macarrão, hoje se sabe que ele chegou à Europa muito antes, com os árabes, que já consumiam o spaghetti.
Outra lenda atribui aos próprios árabes a invenção da massa, que eles chamavam de itrjia, um tipo de spaghetti seco. O caso é que no fim de contas pesquisas do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia de Ciências de Beijing, sob o comando do professor Houyuan Lu, comprovaram em escavações na Laija, província Qinghai, no noroeste da China, que já havia um precursor do spaghetti que data do período Neolítico, e era consumido pelo povo que viria a ser o chinês.
O achado mostra o macarrão dentro de uma vasilha virada de cabeça para baixo, soterrada por desastres naturais, três metros abaixo da superfície. Isso quer dizer que os árabes apenas levaram o macarrão para a Itália, muito antes de Marco Polo pensar em visitar a China e levar a iguaria pela Rota da Seda. Apesar disso, foi na Itália que ele atingiu seu ápice no preparo e ganhou maior popularidade.
Grande parte da fama da Itália ligada ao macarrão é justamente o fato de este ter sido um país que teve muitos imigrantes saindo para o mundo todo. Foi assim que ele chegou ao Brasil, por exemplo. Basicamente, as comunidades de imigrantes que se instalaram no sul e sudeste do Brasil são as responsáveis pela difusão dessa obra prima gastronômica por todo o nosso território. Não é a toa que por aqui produzimos o melhor e mais famoso macarrão do mundo (de fora da Itália), que é aprovado inclusive pela comunidade italiana. O macarrão é um alimento saudável, interessante e acima de tudo, muito saboroso. Que tal ele como sugestão de almoço para comemorar esse 25 de outubro?