14 de novembro é reconhecido como Dia Mundial do Diabetes, data que também é de aniversário do Frederick Banting, codescobridor da doença, e que foi idealizada pela IDF (International Diabetes Federation) em conjunto com a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1991.
Além da conscientização global, este dia também serve para destacar a conciliação dessa enfermidade com a prática de esportes e nesse sentido a nutricionista da Academia Bio Ritmo Fúlvia Hazarabedian vai criar o cardápio do atleta diabético em entrevista exclusiva para o Sport Life.
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“É indicado consumir carboidratos de médio e baixo índice glicêmico aproximadamente 50 a 40 minutos antes. Esses tipos de carboidratos favorecem uma liberação de glicose e, consequentemente, de energia de maneira mais gradativa, o que evita um efeito de hipoglicemia por rebote ou hiperglicemia”, disse Fúlvia.
Dessa maneira, os principais exemplos são batata doce, aveia, cereais integrais, granola, milho e frutas. A nutricionista ainda apontou logo depois que esses carboidratos juntos com pequena porção de proteína intensificam os benefícios para o treino.
Em relação ao pós-treino, a orientação serve tanto para quem vive ou não com diabetes, ou seja, deve haver uma ingestão de fonte de proteína e uma menor porção de carboidrato para se obter eficiente reconstrução muscular em até 60 minutos.
“O que é importante ressaltar é que comumente após a atividade física existe um perda fisiológica de hipoglicemia. Por isso, é muito importante que os diabéticos insulino dependentes ou não sejam bem orientados conforme treino e intensidade”, complementou Hazarabedian.
Os vetos do cardápio do atleta diabético
Indubitavelmente, nunca pode haver o consumo de alimentos fontes de açúcar e carboidratos com elevado índice glicêmico. “Devido a digestão e respostas metabólicas independente de ser diabético ou não, é indicado evitar gorduras e sódio em excesso”, reiterou a nutricionista.
É verdade que diabético lida com dificuldade para ganhar massa muscular?
“É possível apresentar uma maior dificuldade devido à alteração na regulagem glicêmica. No entanto, glicose e insulina controladas, treino direcionado e alimentação programada garantem ótimos resultados tanto musculares quanto na manutenção de saúde e longevidade”, respondeu.
O significado do esporte no dia a dia de um diabético
“De uma forma geral, o exercício físico é importante tanto na prevenção da diabetes quanto na promoção da saúde. Dependendo do estágio, pode ter um impacto positivo na redução da glicemia e até eventualmente na melhora da doença. Porque o exercício físico de uma forma geral aumenta a entrada da glicose nas células. E por isso vamos dizer que tem um efeito, que acontece geralmente nas pessoas que não têm diabetes. E os efeitos dos remédios nas pessoas que têm diabetes e tomam. Isso pode significar melhora geral do estado do paciente. Deve ter cuidado especialmente quando um paciente tem a glicemia elevada ou diminuição importante”, concluiu o médico do esporte e nutrólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Dr. Andrea Bottoni.
