Abdômen chapado, pernas bem torneadas e tudo em cima? A corrida também faz isso por você! Basta usar com sabedoria todo o “arsenal” de treinos disponíveis: intervalados, longos, fartlek… Por isso, separamos 6 dicas de como treinar melhor para alcançar sua meta.
1. Descanso mais gostoso
A pausa é tão importante quanto o treinamento ou até mais, pois possibilita a recuperação das reservas energéticas e, com isso, o alcance de um melhor nível de condicionamento. Por isso, em alguns dias, você pode se entregar à preguiça sem culpa. O descanso pode variar de 12 horas (treino leve) a 72 horas (treino intenso).
2. Abaixe essa pressão
A corrida, como exercício aeróbico, tem atuação efetiva e comprovada contra a hipertensão, doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta 30% da população adulta. Pesquisas diferentes revelam uma redução de pelo menos 3 pontos na pressão sistólica e diastólica em pessoas com pressão normal, e uma redução maior ainda em hipertensos depois da prática de exercícios, chegando a uma queda média de 6-7 pontos conforme aponta um artigo que revisou 22 pesquisas sobre o tema, feito pela Universidade de Auckland (Nova Zelândia). E o melhor: o resultado é visto imediatamente após a corrida e pode durar até 22 horas!
3. Troque o remédio
Pesquisadores da Unifesp têm comprovado que exercício físico aeróbico moderado como a corrida pode ser muito eficaz para o tratamento de ansiedade, de depressão e de síndrome do pânico.
4. Sinta-se poderoso!
“A corrida é um momento de autoconhecimento e de busca de bem-estar. Ao dar sequência aos treinamentos e observar os resultados, a pessoa se sente mais motivada a enfrentar desafios cada vez mais instigantes. Esse aprendizado pode ser transferido para outros setores da vida, fazendo com que a pessoa se sinta mais capaz de enfrentar situações de superação de um modo geral”, explica Simone Meyer Sanches, presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte e psicóloga do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima (IVCL).
5. Coração treinado
Correr fortalece o sistema cardiovascular, tornando o coração mais eficiente, e diminui o pulso basal. Durante o repouso, o coração bate cerca de 70 vezes por minuto e, a cada contração, bombeia entre 60 e 100 mL de sangue para o corpo. Durante o exercício, esses números se multiplicam: a frequência cardíaca ultrapassa os 150 batimentos por minuto e o bombeamento atinge cerca de 20 litros por minuto. Esse “estresse”, ao contrário do que pode parecer, fortalece o coração, um músculo que, como os outros, precisa ser exercitado.
6. Doce solução
É comprovado: o exercício ajuda a insulina entrar no músculo e não se acumular no sangue. O Programa de Prevenção ao Diabetes dos EUA concluiu que uma redução de 7% no peso e a realização de pelo menos 150 min de atividade física por semana pode reduzir a incidência de diabetes tipo 2 em 58% em pessoas com risco para desenvolver a doença. A necessidade de maior consumo de energia faz com que a corrida estimule a captação de glicose, melhore a sensitividade à insulina após o esforço e promova a queima de gordura. Ou seja, para quem é diabético, é uma das melhores maneiras de manter a doença sob controle.