É atleta profissional ou amador e mesmo assim não resiste quando se depara com um doce? Calma! Dá para prosseguir com a sua vida física ativa com consumo tranquilo de doces. Constatação que não é o bastante para eliminar dúvida, por exemplo: qual é o impacto do doce no pós-treino?
Entenda o impacto do doce no pós-treino
“O consumo de doces no pós-treino pode ter impactos variados dependendo do tipo e quantidade ingerida. Doces quase que de forma genérica são compostos por carboidratos simples, como glicose e frutose, que podem ser benéficos para rápida reposição de glicogênio muscular, acelerando a recuperação de energia e a absorção de nutrientes”, disse em entrevista exclusiva para o Sport Life o nutricionista clínico e esportivo Dereck Oak.
Novamente há o reforço com a precaução na hora de comer doce depois do treinamento, ou seja, pois assim como um leve pico de insulina pode ser benéfico e usado como estratégia, o grau elevado de insulina influencia no armazenamento de gordura e, também, compromete os benefícios do exercício.
“Eu sugiro após o treino dar preferência para o consumo de doces associados a proteínas e se possível com carboidratos complexos e fibras, como granola com frutas secas e cacau, frutas combinadas com iogurte e um pouco de mel ou até mesmo um shake de proteína com frutas”, sugeriu Dereck.
Houve por muito tempo a tese de que era necessário comer alimentos imediatamente após o exercício e que o ideal seria consumir proteínas e carboidratos dentro de 30 a 60 minutos depois do “play”, o que denota o proveito aproveitando a tal chamada “janela de oportunidade”, que otimiza a síntese de proteínas e a reposição de glicogênio.
“A ideia da janela de oportunidade no pós-treino tem sido objeto de debate. Pesquisas mais recentes indicam que pode ser mais flexível do que se pensava anteriormente. Porém, a prática também nos mostra que não é interessante ficar muito tempo sem comer nada após exercício e por isso sugiro respeitar esse período de no máximo 60 minutos para consumir sua refeição pós-treino, incluindo o doce”, alegou o nutricionista.
Qual é a quantidade indicada de consumo de doce após o treino?
Resposta que deve levar em consideração um objetivo, dieta atual, intensidade de treino e modalidade de exercício, motivos que ainda não assim não impedem um “pitaco” desse profissional.
“Não existe uma única resposta certa, mas eu diria para adicionar uma porção pequena de 20 a 30g caso opte por um doce como chocolate. E uma porção maior de até 100g caso escolha uma fruta. Lembrando que essas quantidades são figurativas apenas para adicionar um doce na dieta e devem ser calculadas de forma individual por um profissional”, justificou.
Quais doces não podem ser “devorados” de jeito nenhum depois do treino?
“Doces com alto teor de gordura saturada e açúcares refinados, como bolos industriais, sorvetes de massa e chocolates com adição de gorduras trans, devem ser evitados após o treino. Esses componentes podem comprometer a recuperação muscular, causar picos de insulina muito altos, não costumam ter fibras e muito menos proteínas. Além disso, podem acabar por promover o ganho de peso indesejado e prejudicar a saúde cardiovascular”, garantiu.
É verdade que doce de leite no pós-treino faz bem?
“O doce de leite é um alimento que está em alta na internet e muitos estão levando como regra. Que pode ser utilizado como pré ou pós treino sempre. Isso está errado. O doce de leite é sim uma boa opção de carboidrato e doce no pré-treino e até mesmo no pós. Porém para isso você deve estar treinando bem, com uma boa frequência e com sua dieta organizada. Comer doce de leite todo dia no pré ou pós-treino planejamento pode acabar atrapalhando seus resultados”, encerrou Dereck Oak.
