Sentir dor após treinar é algo comum e, em muitos casos, esperado. Essa sensação aparece principalmente quando o corpo recebe um novo estímulo físico, como ao iniciar um treino de musculação ou retomar a rotina após um período parado. O incômodo costuma ser mais intenso nos primeiros dias, mas tende a diminuir à medida que o organismo se adapta ao esforço.
Segundo especialistas, esse tipo de dor está relacionado a microlesões musculares que acontecem naturalmente durante a prática de exercícios. Essas pequenas lesões desencadeiam um processo inflamatório que o corpo consegue reparar com ajuda de fatores como alimentação adequada e descanso. É justamente esse mecanismo que leva à evolução física e à hipertrofia.
“Essa é uma resposta do organismo em defesa ao processo inflamatório responsável pelas dores musculares depois dos exercícios. Conhecido como Dor Muscular Tardia (DMT) essa sensação de desconforto na musculatura ou de estar com o corpo ‘travado’ é normal”, explica o fisioterapeuta Cadu Ramos.
Quando a dor não é sinal de evolução
Embora a Dor Muscular Tardia seja considerada parte natural da adaptação do corpo, nem todo desconforto pode ser visto como comum. Ultrapassar os limites logo no início ou no retorno das atividades pode levar a sinais de lesão.
Confira como diferenciar:
Dor normal (DMT)
- Surge logo após a prática e dura de 24 a 72 horas;
- Não impede a continuidade dos exercícios;
- Pode ser amenizada com aquecimento, alongamento e intervalos adequados.
“Só é preciso ter cautela e respeitar os limites do corpo no próximo treino ou dar mais um dia de descanso naquela semana”, orienta o fisioterapeuta.
Dor que pode indicar lesão
- Persiste por mais de 72 horas sem melhora;
- É aguda, em forma de pontada, e não apenas desconforto;
- Pode vir acompanhada de hematoma, inchaço ou vermelhidão.
“É importante saber que a atividade física é sinônimo de saúde e antônimo de dor. Se qualquer incômodo não amenizar com dois dias de pausa nos treinos é essencial não negligenciar ajuda. A reabilitação, na maioria das vezes, permite o retorno aos treinos muito mais rápido e é bem mais eficaz do que a insistência em se recuperar sozinho e acabar criando um problema ainda maior”, finaliza Cadu.
