Nutrição

Glúten: o que é, para o que serve e o que pode causar

São várias recomendações que causam dúvidas para quem está firme na dieta

Glúten - Shutterstock

Glúten é a proteína disponível em cereais, como cevada, malte, trigo, centeio e aveia. Esse composto influencia na germinação e no crescimento do broto da planta. Ainda que existam muitas informações, o seu consumo ainda é duvidoso principalmente para quem visa o emagrecimento. Exemplo: qual é a quantidade ideal de glúten na dieta?

Depende da necessidade

“Tudo que envolve quantidade, seja de carboidrato, de gordura, de proteína e de vitaminas, é muito individual. Depende do gênero, da idade e da condição de saúde de cada pessoa”, disse a nutricionista do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba, Francielle Gouveia com exclusividade para o Sport Life.

Francielle explicou na sequência que existe cada composição em determinado alimento, ou seja, o “mix” é que permite o cardápio “rico”. Portanto, é inviável qualquer tipo de sugestão.

“Sempre são aqueles que são mais variados. Não adianta focar em um alimento. Nós precisamos dessa variação na nossa alimentação para que fique completa”, justificou a nutricionista.

Outras dicas sobre o glúten

Os demais cuidados ficam para as pessoas que convivem com intolerância, que é fatal para surgimento de dor de cabeça, cólica e inflamações. Agora caso uma pessoa não lida com essa questão já facilita o consumo de glúten regular. Se um sujeito restringe o glúten na sua dieta e de repente começa a comer, passará a enfrentar um desconforto devido ao longo tempo de ausência.

“Quem tem a intolerância tem que cuidar muito. É uma molécula que pode ser transmitida por meio de uma faca, que você cortou um pão que tem glúten e daí consumiu outro alimento que não tem e cortou com a mesma faca. Daí vai ser prejudicial para pessoa. Nós damos o nome para isso de contaminação ‘cruzada’. Então, os alimentos que não têm glúten têm os seus lugares para serem consumidos”, explicou.

Glúten afeta a perda de peso e a composição corporal?

“Não tem responsabilidade na nossa perda de peso. O que vai influenciar isso ou não é a quantidade calórica, o gasto e o consumo que nós fazemos de calorias em si”, respondeu.

Acréscimo

A dietista do Hospital Universitário Cajuru pontuou que excluir o glúten não influencia no desempenho esportivo. Gouveia expôs que não crê que exista alguma comprovação científica desse tópico.

Legislatura

A lei federal n° 10.674, de 16 de maio de 2003, tornou como obrigatória as acusações de “contém glúten” ou “não contém glúten” na embalagem dos alimentos industrializados. Essa medida está de encontro com a política mundial, cuja proposta visa a proteção ao doente celíaco, que é sensível a essa proteína.

Dados

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou em 2019 que 1% da população mundial é celíaca. Já as estimativas da Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil) apontam que há até dois milhões de brasileiros celíacos.

A Nielsen produziu levantamento em setembro de 2020 com a acusação do aumento de 89,9% da venda dos pães sem glúten. Essa porcentagem denotou o crescimento de R$ 26 milhões em faturamento do mercado nacional.

Quem é ela?

Francielle Gouveia formou-se em nutrição pela PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica) e pós-graduada em nutrição, metabolismo e fisiologia no esporte no IBRA (Instituto Brasil de Ensino). Também concilia a sua atuação no Hospital Universitário Cajuru com os seus atendimentos particulares.

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