Condicionamento Físico

Lesões por conta das atividades físicas aumenta com pandemia

O excesso na hora do exercício ou a falta de orientação adequada resultaram em um maior número de lesões após a chegada do Covid-19

Foto: Shutterstock

O isolamento social e outras medidas com a finalidade de conter a pandemia fizeram com que o sedentarismo predominasse. Além disso e do aumento do sobrepeso pela falta de movimentação e alimentação errada, os médicos têm notado também o crescimento de queixas de lesões musculares. Das leves até as graves – tanto naquelas pessoas que praticam exercícios com a ajuda digital, como naquelas que decidiram correr na rua.

“Tenho visto casos de homens e mulheres, jovens e idosos que chegam com problemas. Desde lesões musculares mais simples até mesmo fraturas em razão do novo hábito.”, conta o Doutor Marcelo Valadares, médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein.

Como evitar as lesões?

“É importante entender que, para manter a saúde e prevenir problemas, não precisamos de grandes esforços ou estruturas complexas para realização de atividade física. Por exemplo: fazer alongamentos todos os dias pela manha ajuda a fortalecer e mobilizar suas articulações e alongar seus tendões. Articulações estão envolvidas frequentemente em problemas da coluna cervical e lombar, dos ombros e joelhos. São exercícios simples que a pessoa pode fazer dentro de casa, sem nenhum equipamento especial”, reforça o médico.

Exercícios malfeitos sobrecarregam todas as estruturas do nosso corpo, como ossos, articulações que são conexões entre os ossos, ligamentos que unem os músculos ao nosso esqueleto e ainda os próprios músculos que nos permitem manter a postura e realizar movimentos. Formada por todas essas estruturas, a coluna, o eixo de sustentação do nosso corpo, e por isso, é uma das que mais sofre em praticamente qualquer exercício. O resultado disso tudo é dor. E a dor é frequentemente causada por estiramentos musculares, lesões ligamentares e inflamações nas articulações que, se repetidas podem se transformar em problemas crônicos.

‘Pequenas caminhadas de uma hora durante a semana (5 dias) a velocidades suaves como 4 km/h ou andar de bicicleta devagar a 15 km/h, são suficientes para diminuir seu risco de doenças cardiovasculares, ganho de peso, dificuldades no sono, entre outros. Contudo, se você sempre foi sedentário, tem alguma restrição física ou doença mais importante vale a pena consultar o seu médico antes”, complementa.

Risco à saúde

“A pessoa sedentária, que não atinge o mínimo de movimentação ou exercício na rotina diária de atividades, tem mais facilidade de ganho de peso, pior condição cardiovascular, menos tônus muscular, maior chance de desgaste articular, entre outros problemas. Então, esse conjunto de fatores pode levar à obesidade, aumentar o risco de diabetes tipo 2, infarto, acidente vascular cerebral e lesões musculares”, reforça Marcelo.

A principal orientação, contudo, é sempre fazer o aquecimento antes. Isso irá preparar seu corpo melhor para a atividade e evitar que ele sofra posteriormente. “Em linhas gerais, qualquer tipo de exercício físico deve ser precedido de alongamento e, principalmente, de aquecimento. O aquecimento é sabidamente responsável por prevenir lesões, em especial dos músculos. O risco de fraturas é um tema especialmente importante em pessoas idosas e portadoras de osteoporose. Estas, em especial, devem sempre ter orientação médica e, se possível, de um professor de educação física antes de iniciar seus treinos”, encerra.

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