Saúde

Natural é a fonte da juventude e a coisa certa a fazer? Entenda

Frase ficou famosa após virar bordão do youtuber Rodrigo Góes. Mas será que é verdade?

Natural é a fonte da juventude e a coisa certa a fazer? - Foto: Reprodução YouTube / Canal Rodrigo Góes

Nas últimas semanas, uma afirmação tornou-se sensação nas redes sociais: natural é a fonte da juventude e a coisa certa a fazer. O criador desse, e de diversos outros bordões hilários, é o youtuber e nutricionista Rodrigo Góes. Ele ficou famoso após criar o quadro “natty or not”. Onde avalia o físico de celebridades e dá o seu veredito: natural ou “fake natty”. Tudo isso com muito bom humor.

Mas, apesar de ser claramente um conteúdo de entretenimento, os vídeos de Rodrigo abordam temas sérios. Afinal, nesse contexto, se um indivíduo não é natural, significa que ele usa esteroides anabolizantes. Substâncias, em tese, perigosas para a saúde. E o recado é claro. Já que, mesmo em tom de brincadeira, ele condena o uso desse tipo de recurso.

Natural é a fonte da juventude e a coisa certa a fazer?

Para nos ajudar a confirmar a veracidade do bordão de Rodrigo, consultamos a Dra. Thais Mussi. Ela é médica endocrinologista e membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). E, para ela, o uso de esteroides anabolizantes para fins estéticos é extremamente perigoso para a saúde. Veja as consequências apontadas pela especialista:

  • Problemas cardiovasculares. Pode aumentar a pressão arterial, alterar os níveis de colesterol e, dessa forma, elevar o risco de doenças cardíacas e AVC.
  • Doenças hepáticas. Danos ao fígado e até mesmo câncer.
  • Condições de pele. Aparecimento de acne, oleosidade e, além disso, crescimento de pelos em mulheres.
  • Distúrbios psicológicos. Mudanças de humor, irritabilidade, agressividade e depressão.
  • Alterações hormonais. Pode causar ginecomastia, atrofia testicular, redução da contagem de esperma e até mesmo impotência sexual masculina. Além disso, irregularidade menstrual e engrossamento da voz também pode ocorrer em mulheres.
  • Dependência. Incluindo sintomas de abstinência.

Dessa forma, ao ser uma pessoa “natural”, que não utiliza esteroides anabolizantes, automaticamente você evita essas consequências. Portanto, a frese de Rodrigo faz todo sentido. Ser natural é a fonte da juventude e a coisa certa a fazer sim!

Como reduzir os efeitos colaterais de esteroides anabolizantes

No entanto, principalmente no fisiculturismo – onde muitas federações não exigem controle antidoping – o uso desse tipo de substâncias tornou-se parte do processo. Afinal, para ser um atleta profissional competitivo, não existe outra alternativa. Dessa forma, muitos atletas inclusive assumem que usam esteroides anabolizantes. Mas existe uma maneira segura para isso?

“É verdade que alguns atletas de alto nível usam esteroides anabolizantes e outras substâncias para melhorar a performance. No entanto, mesmo sob supervisão médica, o uso dessas substâncias apresenta riscos significativos. Mitigar esses efeitos colaterais pode ser um desafio”, explica a Dra. Mussi. Porém, de acordo com a especialista, existem algumas maneiras de reduzir o risco. Confira:

  • Uso controlado: isso pode incluir a redução das doses e/ou o uso cíclico dos medicamentos, com períodos de descanso para permitir que o corpo se recupere.
  • Monitoramento médico regular: exames de sangue regulares e outros testes podem ajudar a detectar sinais precoces de problemas, permitindo que ajustes sejam feitos antes que os problemas se tornem sérios.
  • Uso de medicamentos adicionais: em alguns casos, medicamentos adicionais podem ser usados para tentar controlar os efeitos colaterais. Por exemplo, medicamentos para controlar a pressão arterial, colesterol ou alterações hormonais podem ser prescritos. No entanto, esses medicamentos também podem ter seus próprios efeitos colaterais.

Não é seguro usar esse tipo de recurso

“Embora essas estratégias possam ajudar a reduzir o risco de efeitos colaterais, elas não podem eliminá-lo completamente. O uso dessas substâncias ainda apresenta riscos significativos e deve ser considerado cuidadosamente. Além disso, mesmo com a mitigação dos efeitos colaterais, há riscos de longo prazo para a saúde que ainda não são totalmente compreendidos, devido à falta de estudos de longo prazo sobre o uso dessas substâncias”, finaliza a médica.

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