Já vivi alguns fatos surreais nos 21 anos que participo de competições, como por exemplo, o batedor de caminho ter errado o percurso e mandarem todos voltarem, remontando a célebre frase “os últimos serão os primeiros”. Mas esse merece um post à parte – como no mês que vem tem a São Silvestre, conto-lhes um “causo” que presenciei em uma das minhas participações na competição.
Na verdade o “causo” foi desferido por um expectador, questão cultural e por que não dizer, a mais pura falta de educação mesmo.
Vejam só: Lá estava eu correndo a prova em um calor infernal e ao passar pela ponte da Av. Rudge, lembro-me de pegar um copo d´água em um posto de hidratação. Depois rodei cerca de um quilômetro quando vejo a uns 200 metros na minha frente a mesma cena que acontece quando vemos um posto de hidratação: corredores saindo do miolo da pista e indo para as duas laterais da rua, como se fossem pegar água no posto de hidratação. Na hora pensei: “a água foi dada há pouco, não deveria ter água lá”.
A dúvida perdurou por alguns segundos até eu atingir o ponto e ver o que realmente estava acontecendo. Imagine a seguinte cena: um “cidadão” estava simplesmente descarregando seu estoque de rojões em direção da avenida por onde passavam os corredores, da mesma forma como acontece nestas festas juninas, em um verdadeiro jogo busca-pé. Era corredor pulando pra lá e pra cá para escapar do rojão.
Esse “torcedor” provavelmente estava na festa errada. Infelizmente, é por essas e outras que provas no exterior se diferenciam das que acontecem aqui no Brasil, sejam aqueles octogenários atenienses gritando “bravo” ou por uma criança novaiorquina te estendendo a mão para um high five.
