A nutricionista da UGF (Universidade Gama Filho), Monik Cabral, respondeu que não adianta aumentar o consumo de proteína para acelerar a hipertrofia muscular, já que o corpo tem um limite para realizar a síntese proteica. “Quando nosso corpo entende que a quantidade proteica está em excesso, ele elimina o que passar do necessário”, explica.
O consumo de proteínas é cercado de mitos por si só, principalmente quando atrelado à hipertrofia muscular. O professor de educação física Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, enfatiza que para atingir a hipertrofia, não basta consumir uma alta quantidade de proteínas.
“Independentemente do objetivo, a dieta precisa sempre ser equilibrada e adequada para cada caso. Consulte um nutricionista e não sobrecarregue seu organismo, pois o excesso, além de não provocar o efeito esperado, pode causar prejuízos para a saúde”, declara o professor.
Por que não abusar das proteínas?
De acordo com Monik, estudos recentes mostraram que a ingestão acima de 1,6g de proteína por quilo não promove ganho adicional de massa muscular. “Ou seja, aumentar as doses de suplementação ou exagerar na alimentação em uma refeição não potencializa a síntese proteica”, complementa a nutricionista.
Conforme a profissional, a proteína tem papel muito importante na constituição dos músculos. Por causa disso, o seu consumo deve ocorrer integrado à prática esportiva não só para a construção muscular, mas também para a sua recuperação.
A especialista explica ainda que a proteína gasta na prática de exercícios deve ser reposta na alimentação. “No momento da digestão, o corpo transforma as proteínas em aminoácidos, como a actina e a miosina. E o nosso corpo precisa de actina e miosina tanto para construir os músculos, quanto para recuperá-los”, justifica.
Monik explicou que não dá para comer proteína descontroladamente e desconsiderar o consumo de outras fontes de alimentos. Afinal, eles também são essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. “Além de não ajudar, a proteína em excesso pode prejudicar o restante da ingestão alimentar, visto que ela também causa o efeito da saciedade”, finalizou.