Nutrição

As diferenças entre as dietas normo, hiper e hipocalórica

Estar fazendo dieta não é sinônimo de estar buscando emagrecer. Entenda o que é cada um desses 3 tipos de alimentação

Foto: Shutterstock

Muitas vezes associamos a palavra “dieta” com pautas concretas estabelecidas com a finalidade de perder peso, mas estamos muito enganados. Existem inúmeras dietas e todas com objetivos concretos, como por exemplo para tratar alguma patologia, ganhar, manter ou perder de peso.

“Estes três últimos casos (ganhar, manter ou perder peso) são dietas que se diferem fundamentalmente no teor calórico que proporcionam em relação à taxa metabólica de cada pessoa (as calorias que necessita uma pessoa para realizar as suas funções vitais durante um dia)”, explica Maria Julia Coto, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI).

Dieta Normocalórica

Indicada para manter o peso. Oferece cerca de 2000 calorias/dia e é indicada para pessoas adultas eutróficas. Este programa fornece calorias e nutrientes em quantidades adequadas. A maior parte vem dos carboidratos, cerca de 55% a 60% do total de calorias diárias “Ele está presente no macarrão, biscoito, pães, entre outros alimentos. É a nossa principal fonte de energia, garante o funcionamento do metabolismo de forma eficiente e, em falta, resulta em cansaço, fadiga muscular, alteração do sono, câimbras e perda de massa muscular”, diz Maria Julia. Em seguida estão as 10% a 20% de proteínas, e não mais de 30% de gordura.

Dieta Hipercalórica

É a dieta recomendada para ganhar peso. Caracteriza-se por proporcionar um valor energético superior às necessidades do indivíduo. Em outras palavras, é uma dieta que proporciona mais calorias das que o organismo queima durante o dia. Geralmente é utilizada como plano alimentar para atletas. “Enquanto o consumo de calorias diárias de um indivíduo (que não pratica esporte) gira em torno de duas mil calorias, o de um jogador de futebol, por exemplo, pode chegar a quatro”, explica.

Para elaborar esta dieta é preciso quantificar e aumentar o teor calórico em função da pessoa, avaliando mediante um estudo nutricional prévio e atendendo aos hábitos de alimentação da pessoa.

“O carboidrato é um macronutriente que vem ganhando grande espaço nos estudos devido seus efeitos positivos no esporte, principalmente por dois motivos: primeiro que é a principal fonte de energia e devido seus depósitos no corpo não serem tão grandes, é necessário adquiri-los pela alimentação seja no pré e no pós-treino, ou durante o dia; e segundo, que é o combustível principal para o cérebro e sistema nervoso central”, conclui.

Dieta Hipocalórica

Dieta destinada para perder de peso. Neste caso, o teor calórico da dieta é inferior às calorias que o corpo necessita. Resumidamente, podemos dizer que este tipo de dieta proporciona cerca de 500 kcal menos das necessárias. Recomenda-se evitar défices de mais de 1000 kcal/dia durante períodos prolongados, já que, além de ser difícil de cumprir, se não for bem desenhada, resulta complicado que proporcionem todos os nutrientes necessários, aumentando o risco de deficiência nutricional. “Mas se engana quem pensa na restrição de qualquer tipo de nutriente, como nos outros tipos de dietas, é necessário ter todos os grupos alimentares presentes no cardápio, a única diferença é que serão porções menores”, finaliza Maria Julia.

A nutricionista alerta que todos os exemplos de planos alimentares citados acima devem ser sempre acompanhados por um especialista.

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