Mineira de Belo Horizonte, 39 anos de idade, mãe, casada há nove anos e ícone do voleibol nacional, Sheilla deu adeus para as quadras em 19 de agosto de 2022 em jogo festivo. Engane-se quem pensa que esta nove fase permite o desleixo dessa ex-atleta quanto as questões de saúde, ou seja, a aposentadoria não reflete na rotina de Sheilla.
Atividades e leituras de Sheilla
A prática do yoga domina as manhãs da eterna camisa 13 do Brasil. A origem da palavra yoga é do idioma extinto sânscrito, com sua raiz é “yuj”, que significa integrar ou unir. A proposta do yoga é “associar” o trabalho do corpo e a mente para que os seus exercícios controlem a ansiedade e stress.
“Eu fiz yoga durante a pandemia, parei e voltei em setembro (2022). Faço todos os dias. Tornou-se um hábito. O yoga traz mais paz, mais foco, melhora a qualidade física e dá energia. São vários benefícios”, afirma Sheilla com exclusividade para o Sport Life.
Além disso, Sheilla também “migra” para academia e quando não dá para ir ao local cumpre com a rotina de treinamentos dentro de sua casa. Fora ainda aquilo que envolve na semana das suas filhas gêmeas Liz e Ninna (4). Todos esses compromissos fazem parte do slogan Alta Perfomance, presente nos seus perfis da web.
Sheilla preserva juntamente com yoga, questões particulares e academia o hábito da leitura. Motivação e trabalho de liderança são os gêneros que agradam a preferência de Sheilla. É comum acompanhar em suas redes dicas de livros e algumas experiências com determinada obra.
“Eu sempre tive o hábito de leitura desde a época da escola com 15 ou 16 anos. Só que o tipo de livro que vou lendo vai mudando ao longo do tempo. Já li romances e ficções. Hoje estou lendo outros tipos sobre liderança, autoconhecimento e muitos filósofos tenho lido ultimamente. Estou nesse lado de menos ficção hoje em dia”, comenta.
Detalhes do cardápio da Sheilla
Outro detalhe que Sheilla cumpre na semana é a parte de alimentação. A ícone das quadras não se considera aquela assídua na hora de comer, mas sempre mantém-se em alerta para não cometer as “escapadas” na refeição e o que não entra no seu cardápio é o açúcar.
“Cortei o açúcar mais por questão de saúde, mesmo. Diminui muito glúten no café da manhã e, principalmente, quando estou em casa que é mais tranquilo não como pão de jeito nenhum. Vario entre tapioca, cuscuz, batata doce e junto com ovo que sempre faz parte do meu café da manhã. Ficar sem açúcar me deu mais foco e a pele ficou melhor. São coisas perceptíveis.
Prancheta
A recente despedida das quadras permitiu a primeira experiência de Sheilla como auxiliar técnica do Gerdau/Minas Tênis Clube, atual tricampeão consecutivo da Superliga Feminina A (2018/19, 2020/21 e 2021/22). A bicampeã olímpica integrou a comissão do treinador italiano Nicola Negra e fez um “balanço” desse período.
“Aprendi muito. É uma função muito diferente ficar fora de quadra. Eu não sei se consegui ser uma boa auxiliar técnica, mas acho que consegui fazer a ‘ligação’ muito boa da comissão com as atletas. Consegui mentorar as atletas muito bem. Consegui fazer isso com grandeza dentro do Minas”, recorda.
Futuro
Sheilla nesta atual temporada não conseguiu acompanhar Minas Tênis porque dedicou-se a muitos cursos fora do Brasil e em novembro de 2022 estava em ciclo de estudos na Turquia. O que se sabe é que Sheilla não pretende iniciar carreira de técnica.
“Não pretendo ser técnica. Lógico que aceitei essa experiência no Minas talvez pensando que podia ser, mas depois de estar lá vi que realmente não é isso que eu quero. Adoro ajudar as atletas a encontrarem o caminho que tem que ser seguido, fazer essa ligação da comissão com as jogadoras, mas isso (carreira de técnica) não é o meu objetivo”, termina Sheilla.
