Praticar algum tipo de luta ou artes marciais pode ser uma ótima maneira de entrar em forma e ter uma vida ativa e saudável. Estudos mostram ainda que elas melhoram a qualidade do sono , dão mais foco, autoconfiança e disciplina, além de reduzirem o estresse . Sendo assim, não perca tempo: descubra qual modalidade tem mais a ver com você!
Aikido: as aulas práticas podem ter ensinamentos mais filosóficos. Sua base é a cooperação e não a competição. Portanto, a técnica é baseada em torções e imobilizações nas quais se aproveita a força de ataque do oponente contra ele mesmo. Perfil de aluno: As aulas são indicadas para pessoas que buscam aliviar o estresse e agressividade, uma vez que apresentam técnicas de respiração (kokyu). Mulheres apostam muito no aikido para aprender técnicas de defesa pessoal, segundo Vitor Faracini, estudioso em lutas e quarto grau da faixa preta de Jiu-Jitsu, da academia Gracie, em São Paulo (SP). “Como essa aula não exige tanto esforço físico, também atrai pessoas com mais idade”, diz. (Foto: Wikimedia Commons)
Boxe: uma das técnicas mais antigas de luta, foi descrita em esculturas do antigo Egito por volta de 1350 a.C. “Apesar de ser praticada por todas as classes sociais, ganhou o título de ‘arte nobre’, quando a elite europeia passou a praticá-la por volta de 1.600 d.C.”, conta Marcelo Tadeu Fernandes Silva, docente da faculdade de educação física do complexo educacional FMU, em São Paulo (SP), que ministra a disciplina de artes marciais, lutas e combate. Hoje é uma modalidade de luta profissional e que melhor paga seus competidores. Perfil de aluno: “A modalidade oferece um bom condicionamento físico, apesar de focar em socos e mobilidade dos quadris”, coloca Vitor. O lutador está sempre em movimento, saltitando, e precisa ser rápido nos golpes. (Foto: Shutterstock)
Capoeira: uma arte marcial brasileira disfarçada de dança. Foi criada por escravos, que eram proibidos de praticar qualquer tipo de luta pelos senhores de engenho. A técnica é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, com chutes, rasteiras, cabeçadas, cotoveladas, joelhadas e acrobacias no chão ou aéreas. “Trabalha o corpo inteiro e exige muita flexibilidade, força e agilidade de membros inferiores”, coloca Vitor. Em novembro de 2014, a capoeira recebeu o título de patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO. Perfil de aluno: são pessoas que se identificam não só com a proposta de resgate da cultura brasileira, mas com o ritmo e a musicalidade. Praticantes aprendem a lutar, a jogar, a tocar os instrumentos típicos (berimbau, capoeira, timba, pandeiro, triângulo) e a cantar com ritmos variados. (Foto: Wikimedia Commons)
Esgrima: essa modalidade de longa distância usa armas brancas — florete, sabre ou espada — para atacar ou se defender. E apesar de uma modalidade do século XVI, atualmente, é a que mais evoluiu no uso de tecnologias. “As roupas e equipamentos de proteção trazem mecanismos de alta sensibilidade para fazer a contagem de pontos quando a arma toca o oponente”, coloca o professor. Perfil de aluno: segundo Marcelo, quem busca a esgrima, realmente tem interesse em conhecer a técnica e se identifica com esportes que utilizam espadas. “A técnica trabalha muita concentração, postura, leveza, coordenação motora fina e óculo-manual”, fala Marcelo. E por se tratar de um esporte mais caro, acaba sendo mais elitizado. “Geralmente é herdado entre gerações”, fala Vitor. (Foto: iStock/Getty Images)
Jiu-Jitsu: originário da Índia, a técnica passou pela China e se desenvolveu no Japão. No Brasil, foi passada para a família Gracie, que desenvolveu a versão brazilian jiu-jitsu. “É um dos esportes com maior procura aqui. Nosso país se tornou uma referência mundial nessa artemarcial”, fala Marcelo. O método não usa socos nem chutes. “É altamente técnico e aplica imobilizações e chaves articulares (torções) contra o adversário”,explica Marcelo. Perfil de aluno: segundo Vitor, o jiu–jitsu trabalha tudo: o preparo físico, as técnicas e o combate. Interessa pessoas em busca de emagrecimento, já que oferece grande gasto calórico, além de fortalecimento, definição muscular e melhora da capacidade respiratória. “Esse esporte de contato é uma espécie de xadrez humano, ou seja, exige concentração total e estratégia”, fala Vitor. (Foto: Wikimedia Commons)
Judô: esse esporte de combate japonês criado em 1882 tem como principais objetivos fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada. “Ele trabalha toda a condição humana com técnicas de projeção e imobilização, sem socos ou chutes. Tem como uma de suas filosofias usar o mínimo de esforço e o máximo de eficiência”, fala Marcelo, que comenta que o judô é uma das modalidades de luta que mais tem praticantes no mundo. Perfil de aluno: as técnicas de judô ensinam a trabalhar força, velocidade, resistência física, coordenação, autoconhecimento, defesa pessoal e respiração, sendo ótimas para combater o estresse. “Também reforça a ideia de respeito ao próximo, pois trata-se de uma modalidade com total contato físico”, comenta Vitor. Nas aulas, o aluno aprende que há tempo para tudo, desde a saudação em silêncio até o momento de extravasar. (Foto: Wikimedia Commons)
Karatê: essa arte marcial japonesa surgiu em Okinawa, no século 17, e chegou ao Brasil na primeira metade do século 20 com os imigrantes japoneses. Propõe defesa sem arma, baseada na utilização de golpes com os braços e as pernas para vencer o adversário. “Existem várias vertentes de karatê, com diferenças de estilo e posicionamento corporal. O karatê shotokan, por exemplo, é o mais praticado no Japão e no mundo. Seus princípios sugerem que o aluno tenha saúde exemplar e seja um bom cidadão, além de preservar o corpo do adversário no combate”, explica Marcelo, que comenta sobre um método de karatê diferente: “Já o kyokushinkay é altamente competitivo, com chutes em várias partes do corpo e pode até nocautear o adversário”. Perfil de aluno: O karatê é perfeito para quem busca autocontrole, foco e condicionamento físico. Também ajuda a aliviar o estresse, melhorar a postura, a autoimagem e a autoconfiança. “A disciplina e o trabalho coletivo são bem evidentes no karatê”, completa Marcelo. (Foto: Wikimedia Commons)
Kickboxing: segundo o docente de artes marciais, lutas e combate do complexo educacional FMU, trata-se de uma modalidade altamente competitiva que nasceu de uma adaptação dos boxes oriental e ocidental. “Traz os socos tradicionais com os chutes domuay-thai”, coloca Marcelo. Perfil de aluno: é frequentemente praticado como defesa pessoal, apesar de proporcionar bom condicionamento físico e alto gasto calórico. “Esse esporte desenvolve muita força, agilidade e velocidade dos movimentos, além de resistência muscular e cardiovascular”, finaliza o professor. (Foto: Wikimedia Commons)
Krav Magá: trata-se de uma prática de defesa pessoal criada em Israel, que tem como objetivo a integridade física do praticante. “São técnicas eficientes que deixam o aluno sempre preparado para uma possível agressão”, coloca Marcelo. Perfil de aluno: interessados em técnicas de defesa pessoal são as que mais buscam a modalidade. As aulas estimulam o autocontrole e o pensamento estratégico para lidar com os mais diversos tipos de ataques. (Foto: Wikimedia Commons)
Kung Fu: com origem na China, é a mãe das artes marciais e busca a perfeição técnica e estética. “A modalidade foi desenvolvida pela observação dos animais e tem vários estilos. O Serpente, por exemplo, tem movimentos sinuosos e rápidos com o corpo e com as mãos, fazendo referência a um bote. O estilo Tigre traz movimentos mais fortes, pesados e duros. Existem ainda o Louva-a-Deus, a Garça, e o Dragão”, conta Marcelo. A ética e a filosofia fazem parte do treinamento e as aulas exigem muita disciplina, paciência e equilíbrio. Perfil de aluno: pessoas buscam o Kung Fu por várias razões. Entre elas, pela melhora da postura e estética, fortalecimento dos músculos, desenvolvimento motor, disciplina, alongamento e equilíbrio. “A filosofia do Kung Fu estimula a interiorização e o autoconhecimento, com respiração, meditação e trabalho da energia vital, por isso alivia o estresse”, completa Marcelo. (Foto: Shutterstock)
Luta greco-romana: é uma das lutas ocidentais mais antigas e está presente desde a primeira edição das Olimpíadas antigas (1896) até hoje. A modalidade consiste em imobilizar o adversário, com o objetivo de fazer com que ele fique com as costas em contato com o solo por um tempo específico para ser declarado vencedor. “São técnicas complexas de agarramento, projeção e imobilização de extrema eficiência e força. Não tem socos nem chutes”, explica Marcelo. Perfil de aluno: são pessoas que querem realmente conhecê-la para competir. “É uma das técnicas aprendidas pelos lutadores de vale-tudo, a fim de derrubar o oponente”, explica Vitor. (Foto: Wikimedia Commons)
Foto: Flickr
Muay-Thai: originária da Tailândia, seus praticantes aprendem a usar “as oito armas”, que são os pares de pés, joelhos, cotovelos e punhos. “São técnicas de extrema velocidade e força”, fala Marcelo Tadeu Fernandes Silva, docente da faculdade de educação física do complexo educacional FMU, em São Paulo (SP), que ministra a disciplina de artes marciais, lutas e combate. Perfil de aluno: “O muay-thai é completo e perfeito para quem busca condicionamento físico. As aulas são intensas e oferecem uma perda calórica muito alta – ótimas para quem busca perda de peso. De quebra, ainda ganha-se músculos torneados e flexibilidade”, destaca Vitor. Segundo Marcelo, o muay-thai geralmente atrai pessoas competitivas, que gostam de se desafiar e participar de campeonatos.
Taekwondo: a luta teve influência do Kung Fu e é considerada uma das joias da cultura coreana. Sua metodologia tem como principal característica os chutes de alta potência e complexidade para derrotar o adversário. Para se ter ideia, um chute circular para trás tem mais de 680 kg de força. “Apesar de ter socos, esse recurso não é pontuado em competições”, fala Marcelo. Perfil de aluno: a aula exige bastante flexibilidade, concentração e agilidade. Portanto, é ideal para quem curte técnicas dinâmicas de alta intensidade e que queira desenvolver coordenação e precisão. (Foto: Wikimedia Commons)
Tai Chi Chuan: a técnica surgiu na China como uma vertente do Kung Fu e é considerada uma “arte marcial” interna. “A técnica valoriza a introversão e trabalha a energia Chi (energia vital). Apesar dos movimentossimularem uma luta com ataque e defesa, eles são leves e lentos, com a intenção de buscar tranquilidade, vitalidade e saúde”, explica o docente. Por essa razão, o Tai Chi Chuan é usado no SUS como método complementar para tratar a depressão. Perfil de aluno: atrai um público mais maduro, já que os movimentos são de muita concentração e leveza. É ótimo para ser praticado por pessoas que buscam tranquilidade, equilíbrio mental e energético do corpo. (Foto: Wikimedia Commons)
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